Windbound desenvolvido pela 5 Lives Studios, é um jogo que mistura vários gêneros, como crafting, sobrevivência e exploração, a principio me lembrou bastante BTOW (Breath of the Wild) com sua premissa de criação de itens, mas ao jogar achei também que ele tem muitas inspirações em Wind Walker, outro jogo da série Zelda, mas o jogo felizmente e rapidamente consegue ir muito além disso.
Com belos cenários, e um clima de tranquilidade, o que engana a principio, pois é um jogo bem difícil, quando jogado no modo survival, o principal do game. Você começa deitado em um praia, na pele da protagonista Kara, sobrevivente de um naufrágio. Você precisa então coletar recursos e começar a reconstruir sua embarcação, a principio minha primeira ideia foi construir uma base, como em Minecraft, mas logo percebi que precisaria ser mais móvel, e após construir o primeiro barco você perce que ele é sua base ambulante, podendo construir baús para armazenar itens nele e outros upgrades, como fogueiras para assar alimentos e muito mais. Então assumi uma postura nômade, navegando de ilha em ilha, coletando recursos e melhorando meu barco, infelizmente ao enfrentar um monstro maior acabei sendo derrotado e enviado de volta a primeira ilha, felizmente você consegue manter alguns itens que estavam com você, na área “Held Itens” mas perde seu precioso barco e os itens nas bolsas, e precisa recomeçar, dai a dificuldade do jogo, fazendo você se preocupar muito com sua vida.
Kara também precisa comer e tomar cuidado ao correr ou tentar atravessar grandes distâncias a nado, coisa que só fiz no principio antes de aprender a construir o barco, pois sua estamina e fome andam juntas, e são muito significativa nas batalhas, que também são bastante difíceis, mesmo contra animais pequenos você pode se descuidar e ser morto, precisando sempre se preparar para os combates, construindo armas novas, pois elas quebram, pegando comida como frutas, e ser bom de esquiva e ataque, ainda mais no principio quando só temos uma lança! Mesmo após conseguirmos armas a distância não é tão simples, pois é preciso construir as flechas, e elas demanda uma série de componentes para serem fabricadas, ademais a personagem leva dano com quedas, o que pode ser fatal (experiência própria) e você fica sempre preocupado com o que está acontecendo ao seu redor, quando está coletando recursos perto de algumas feras mais agressivas.
Além disso o jogo conta com uma história misteriosa envolvendo algum mistério, mas realmente não é o grande foco e forte do jogo, e sim toda a estrutura de crafting e exploração, apesar de ela ser suficiente para deixar a gente um pouco curioso, mas é difícil exigir história de um jogo onde você está sempre sozinha e não encontra outros personagens.
A trilha sonora felizmente compensa um pouco a falta de história, dando um tom épico e calmo, principalmente quando estamos navegando.
A jogabilidade é boa, mas leva um pouco de tempo para se acostumar, e o sistema de crafting que eu esperava mais, sendo um pouco difícil a interface, principalmente para entendermos o que estamos criando, e que itens são necessários, não é tão obvio, mas acostuma também.
Por fim um excelente jogo, que surpreende e inova, se libertando das similaridades com outros jogos e conseguindo ser seu próprio, agrada, principalmente para quem gosta de jogos de crafting, e quer algo novo e refrescante! Ou se você não tem Switch e quer um pitadinha de Zelda na sua vida. vai fundo!
