*Este review foi realizado com uma cópia do jogo disponibilizada pela Deep Silver
Wasteland 3 é um jogo de TBS (Turn-Base Strategy), estratégia baseado em turnos, da Microsoft inXile Entertainment, e como o próprio nome diz, é o terceiro jogo da franquia, eu como nunca havia jogado os 2 encarei de peito aberto o jogo, que estava até agora sem nenhuma pretensão, mas havia escutado alguns comentários menosprezando a franquia.
O jogo acabou sendo uma grata surpresa, a principio me lembrou um pouco Fallout New Vegas, um jogo que eu joguei bastante, com uma temática e ambientação parecido. Ao pesquisar mais sobre o jogo, fiquei surpreso ao saber que o jogo antecede muitos outros do gênero, sendo o primeiro de 1988.
Em um futuro pós apocalíptico no onde seria hoje o estado do Colorado, nos Estados Unidos, você faz parte de uma facção conhecida como Rangers, e precisa estabelecer uma rota de suprimentos através de uma área gélida do norte do Estado, região controlada por um Warlord local, O Patriarca, e para conseguir isso você precisara negociar com esse excêntrico personagem.
Alem dele, você cruzara o caminho de inúmeras facções e cultos com diferentes cresças e objetivos, a história do jogo é bastante interessante e intrigante, deixando você interessado no jogo.
Tivemos acesso ao Beta antecipado, e assim conseguimos avaliar o jogo antes de seu lançamento, que ocorre agora dia 19 de março, em tempo para uma pequena dose de mundo pós apocalíptico aqui na nossa quarentena. Assim que você inicia o jogo é apresentado um vídeo de abertura, muito bonito deixando você alinhado com o ponto da historia, sendo esse jogo uma continuação de Wasteland 2, logo após você entra em uma tela onde tem a opção de selecionar 1 dupla de personagens ao qual fara parte o seu time inicial do jogo, eles tem diferentes características e habilidades, e como eu logo iria descobrir fazem muita diferença na história do jogo, logo no principio inclusive.
Como estava com pressa para jogar Wasteland 3, dei uma olhada rápida nas características dos personagens, e escolhi uma dupla que achei ser visualmente mais interessante, logo após você entra em campo de batalha onde seu time está sendo pressionado por uma equipe e você assume o controle do jogo, parte do seu time é então abatido, e você tem que começar a revidar, logo na primeira jogada percebi que a dupla que eu tinha escolhido, um dos personagens só tinha armas corpo a corpo, o que me deixou um pouco preocupado, mas avancei diretamente com ele pra linha de frente e posicionei o outro personagem para dar cobertura com a arma de longo alcance. O jogo é baseado em turnos, estilo Tactics, e você também tem um sistema de AP, ao qual o seu personagem tem um determinado numero de APs no começo do turno, digamos 10, e cada ação que ele toma consome esses APs, (atirar 4 APs, recarregar arma 2 APs, Andar 2 APs dependendo da distância) então você tem que pensar bem antes de fazer qualquer movimento ou ação, manter sua arma sempre carregada e se posicionar bem, pois dependendo do tipo de cobertura que seu personagem tem ele recebe um bônus grande na esquiva e fica mais difícil acerta-lo. Após passar pelo tutorial inicial, e compreender melhor a mecânica do jogo, seu time rapidamente é eliminado com um grande robô estilo aranha gigante entra no campo de batalha, você parece estar perdido quando um personagem ao fundo do campo de batalha finaliza o concerto em um Kodiak Canon, uma especie de arma de artilharia gigante fica pronto e você recebe o controle da arma, com apenas um tiro ela elimina o robô e você vence a primeira batalha.
Após isso, você tem um pequeno dialogo com a personagem que então passa a você uma próxima missão, eliminar os lança foguetes que estão ao norte, com isso você assume o controle da dupla, em visão isometria e consegue movimenta-los livremente pelo campo, parecido com League of Legends, você pode saquear os corpos dos adversários derrotados e seguir em ao norte, onde você encontra outro adversário, esse sozinho, ao aproximarmos dele, rapidamente quadrados caem do céu e o campo de batalha se forma ao seu redor, o que é muito legal! E eu não me lembro de ter visto em nenhum outro jogo TBS, acredito que essa cena do jogo é apenas para ilustrar essa transição, pois basta um tiro para eliminar o adversário, então, quando chegamos mais ao norte começamos a ouvir gritos e uma conversa, ao se aproximar, uma adversária está rendendo uma refém, com a arma apontada para a sua cabeça, ao sermos avistados por ela, um dialogo é aberto, onde você tem 4 opções, sendo que uma delas estava bloqueada, por meus dois personagens não terem a skill necessária para poder habilitar o dialogo, com isso, eu tinha apenas três opções, em uma delas estava escrito “matar ela” e eu escolhi essa, ao fazer isso, meus personagens reagiram e ela matou a refém, e logo em seguida eliminamos a adversária, saqueei os baús existentes e segui para a próxima área, logo ao chegar me deparei com um grupo de adversário cercando dois reféns, ao me aproximar o campo de batalha desce sobre a gente e o grupo adversário mata o primeiro refém e corre para pegar cobertura em algumas posições próxima, a batalha começa e estamos em desvantagem numérica clara, com seis adversários contra dois do meu time, logo então avisto um tanque com sinal de perigo no meio do time adversário, algo como um barril de gasolina, então disparo nele, que explode e mata dois do time deles, mas também acaba matando o refém, tento correr para próximo de um mas acabo passando por cima do fogo e tomo um dano por incineração, o que eu não estava esperando, rapidamente as coisas vão mal e acabo eliminado, para minha surpresa.
Dessa vez mais preparado, volto com outra dupla que tem a skill necessária para não matar o primeiro refém, ao escolher a opção correta, a adversária é intimidada, com isso ela larga a refém e foge, a refém agradecida me entrega um item, que dá a entender vai ser útil para algo no futuro. Então me sentindo super comigo mesmo, sigo para a próxima tela, mal sabendo eu…
Ao chegar na área onde estava o grupo com os outros dois reféns vejo a personagem adversária da tela inicial avisando aos amigos que estamos chegando, eles automaticamente matam TODOS os reféns, e partem para cima da gente, e agora com um a mais e posicionados longe do barril de gasolina. Por essa eu não esperava.
Resumindo, o jogo é bastante interessante e envolvente pela história, como você rapidamente percebe, os personagens que você escolhe tem influencia total sobre a história e o andar da trama, e também as decisões que você toma, e elas não são obvias, fazendo você se duvidar a cada passo, o jogo tem 4 níveis de dificuldade, e eu estava jogando no normal, mesmo não sendo um especialista em Wasteland 3, já joguei muitos jogos Tactics (Final Fantasy, Dual Wars, Wardgroove) e não me considero um iniciante no tema, mas fui eliminado várias vezes, e apesar de o jogo não te dar mole com as derrotas, você tendo que recomeçar tudo, ele não te deixa desmotivado, pois você fica querendo testar novas abordagens na história e nos personagens, o que é bem divertido, a mecânica de combate é muito boa e atualiza o gênero TBS, um jogo que me surpreendeu bastante, e quero jogar ele agora até o final, para ver como vamos chegar ao fim dessa história e a evolução do jogo.
Se você gosta do gênero, recomendo muito Wasteland 3, caso tenha ficado curioso com a história, tenha gostado de Fallout ou RPGs em geral também vale a pena, é um jogo sim muito bom.