A crise da Ubisoft acaba de atingir um novo patamar com uma greve recém-declarada pelos profissionais do estúdio de Milão, na Itália. A medida parte da insatisfação dos colaboradores com algumas decisões da gestão, mas também foi justificada como um apoio às divisões francesas de Paris, Montpellier, Lyon e Annecy, que iniciaram a greve.
A polêmica teve início após os colaboradores do estúdio serem intimados a trabalhar presencialmente três vezes na semana, abandonando o regime remoto. Os profissionais se sentiram desrespeitados pela empresa, que não apresentou justificativas ou sequer os consultou previamente.
A greve foi apoiada pelo sindicato italiano (Fiom Cgil), que reforça que o regime híbrido é inviável para grande parte dos colaboradores. Muitos moram em regiões bem distantes de Milão e todos já adaptaram suas vidas ao formato remoto, então essa retomada repentina ao presencial seria extremamente prejudicial aos profissionais envolvidos.
A situação se repete na França, onde mais de 700 profissionais dos quatro estúdios da Ubisoft entraram em greve pelo mesmo motivo. O sindicato francês (Syndicat des Travailleurs et Travailleuses du Jeu Vidéo) incentivou a decisão após a empresa se recusar a negociar a nova medida – fator que também serviu como base para o que está acontecendo em Milão.
Além dessa crise interna, a Ubisoft também vem enfrentando maus bocados financeiramente. Grande parte dos seus últimos lançamentos deram prejuízo e, atualmente, a diretoria está buscando alternativas que mantenham seus estúdios independentes. Contudo, a possibilidade de venda já está sendo cogitada.