Na última semana, a Bloomberg noticiou que a família Guillemot e a Tencent estariam considerando vender a Ubisoft, tornando a empresa privada. Os Guillemot foram os fundadores do estúdio francês e permanecem como seus proprietários até hoje, enquanto a Tencent é uma gigante chinesa do setor tecnológico e dona de 49% das ações da companhia.
O motivo da venda se deve à grande sequência de fracassos comerciais que a Ubisoft vem apresentando nos últimos anos. Seus principais lançamentos não estão conseguindo gerar lucros e a empresa já fechou quatro anos consecutivos no vermelho. No início de setembro, as ações da Ubisoft registraram sua maior queda da última década.
O rumor apontava que as negociações estavam sendo discutidas internamente e que ainda não havia nada certo. Em resposta ao site Eurogamer, a Ubisoft se pronunciou oficialmente sobre o assunto, constatando o seguinte posicionamento:
“Notamos que, recentemente, houve uma especulação na imprensa a respeito dos nossos interesses em potencial. Estamos analisando todas as opções estratégicas que sejam do interesse dos nossos stakeholders e informaremos o mercado se e quando for necessário. A companhia reforça que a gestão continua focada em executar nossa estratégia, que é centrada em dois núcleos: aventuras de mundo aberto e jogos de serviço”.
Dentre suas mudanças imediatas, a empresa anunciou que passaria a lançar seus próximos jogos na Steam já no dia de lançamento, além de trazer mudanças no formato de DLCs e expansões. Em contrapartida, há uma grande pressão por parte dos investidores para que o estúdio seja privatizado; em uma carta aberta da AJ Investments and Partners, foi constatado que a desvalorização da companhia se deve à má gestão da família Guillemot e da Tencent.
O próximo lançamento da Ubisoft será Assassin’s Creed Shadows, que foi adiado para 14 de fevereiro de 2025. O jogo já seguirá a nova estratégia da empresa, com versões confirmadas para PS5, Xbox Series e PC (Steam e Epic Games).