*O review de The Quarry foi realizado com uma cópia do jogo disponibilizada pela 2K
The Quarry é o novo jogo da desenvolvedora Supermassive Games, que já é uma velha conhecida aqui do Portal e desse que vos fala, sendo resposável por Until Dawn e a Antologia Dark Pictures com seus três jogos. Aqui a história é diferente, mas será que a jogabildiade também é?
Começamos o jogo indo para Hackett’s Quarry, um acampamento cercado por uma linda floresta, cheia de animais amigáveis, e uma natureza sem igual, mas tamanha beleza é rodeada de mistério! Durante a noite uma criatura horrenda e macabra perambula pela mata caçando quem vê pela frente, será que o nosso grupo de adolescentes conseguirá resolver todos os mistérios desse lugar e sobreviver a fúria dessa perigosa criatura? Bem, tudo isso depende de você… literalmente falando.
Um Jo… Filme Interativo
Como falar de The Quarry sem dar spoilers? Bem, vou tentar, mas vai ser difícil pois o legal do jogo é sua trama. O título busca brincar com os clichês e estereótipos de filmes de terror dos anos 80 e 90, com um bando de adolescentes com hormônios a flor da pele tendo que fugir de um assassino misterioso. Aqui, quem vai decidir seguir os clichês é você.
The Quarry é um jogo interativo, talvez esteja mais para um filme interativo. Pois se o ponto forte é sua trama, o ponto fraco é a maneira como a mesma é contada. São longos minutos de cutscenes, com poucos momentos de exploração ou jogando de fato, além disso demora para a parte do horror do jogo começar, mas quando começa você se sente preso a história.
Por se tratar de um filme, aqui temos um elenco de peso, com grande nomes do terror e do cinema dando as caras (literalmente), Ted Raimi (A Morte do Dêmonio, trilogia Homem-Aranha de Sam Raimi (que inclusive é irmão do diretor) ) aqui faz um xerife bastante suspeito, temos também: Grace Zabriskie (O Grito), Lance Henriksen (Aliens, O Resgate), David Arquette (da série de filmes Pânico), Lin Shaye (Da série de filmes de terror Sobrenatural), Justice Smith (de Detetive Pikachu) que aqui é quase como um protagonista, além de outros atores.
A captura facial está quase perfeita, captando bem boa parte da ataução dos atores, talvez a estranheza fique quando as persoanegns começam a sorrir de mais e tentam fazer movimentos um tanto complexos, como dançar e etc., mas nada que vá tirar a imersão.
A dublagem está espetacular também, o trabalho de localização foi primoroso e acertaram em colocar os dubladores que já dublaram alguns dos atores em outros filmes e séries, trazendo assim mais familiaridade.
Por esses motivos, eu acredito que the Quarry vai manter quem curtiu os outros jogos da Supermassive Games, como eu, e pro estar bem dublado serve copmo uma boa introdução ao gênero. Mas não deve atrair tantos novos olhares, já que sua jogabildiade não traz muitas novidades e ele está muito caro em nossas terras tupiniquins .
Escolhas Que Importam
Como de costume, suas escolhas, desde as mais simples até as mais urgentes, vão te trazer consequências e isso é extremamente divertido e angustiante. Não sabemos o que esperar e se a decisão certa foi tomada, pois as vezes fugir do inimigo pode fazer com que você morra por uma queda idiota, ou nadar em um lago te mate afogado antes mesmo do monstro aparecer para matar você e seus amigos.
Na versão Deluxe você tem três vidas para serem usadas durante toda a campanha. Para quem jogar o jogo base essa função é desbloqueada após teimar a campanha, o que ajuda a manter o fator replay para quem quiser ver os demais finais que The Quarry apresenta.
Mas convenhamos, existem escolhas que são feitas mesmo com o jagador decidindo o contrário. Dois exemplos são logo no início, quando o guarda fala para irmos ao hotel e não para o acampamento, eu queria poder ir ao hotel, mas mesmo assim foram ao acampamento; outro exemplo é na hora de decidir a competição do tiro ao alvo, onde escolhi que era uma ideia estúpida e peguei a arma, mas mesmo assim fizeram a competição. Momentos assim não atrapalham o final da trama, mas tira aquela sensação de você estar criando sua própria história.
Ambientação
The Quarry tem tudo que uma boa história de terror precisa e muito se dá ao seus cenários, jogo de luz e sombra, ambientação e ângulos de câmera. Neste último não podemos controla-la, mas isso não chega a ser um ponto negativo, pois raramente sentimos a necessidade de move-la, e por ela ter um ângulo já definido ajuda a criar um clima de terror ainda maior.
Durante o dia, o acampamento Hackett’s Quarry parece um local amigável, já a noite o mesmo se torna macabro e assustador! Pena que não podemos explorar ainda mais.
Veja o Futuro… mas por quê?
The Quarry permite que você tenha vislumbres do futuro ao encontrar cartas e entregar a uma velha cigana no final de cada capítulo. Entretanto, as cartas são difíceis de encontrar e o futuro revelado não é bem esclarecedor. Não sabemos onde vai acontecer ou o que fazer. Assim, faz parecer que caçar tais cartas é uma atividade inútil.
O fator replay fica mais por conta de desbloquear os possíveis finais do que por ir atrás dessas cartas.
Considerações Finais
The Quarry, novo jogo da Supermassive Games, traz uma história bem divertida de acompanhar, cercada de mistério e terror, com personagens carismáticos. A captura de expressões faciais e os gráficos estão lindos, mostrando uma nítida evolução comparada aos outros jogos da desenvolvedora. Entretanto, ainda é um filme interativo mais do que um jogo, e pelo preço atual deve espantar muita gente de compra-lo.
Distribuidora: 2K
Desenvolvedor: Supermassive Games
Gênero: Survival horror, Narrativa Interativa
Disponível para: PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X e Series S, PCs
Data de lançamento inicial: 10 de junho de 2022
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