Desenvolvedores: Bandai Namco Entertainment, Project Soul, Dimps, Bandai Namco Studios.
Gênero: Luta.
Disponível para: PlayStation 4, XBOX One, Microsoft Windows.
Data de lançamento inicial: 19 de outubro de 2018.
Os jogadores mais novos talvez possam não lembrar da série Soul Calibur, uma famosa franquia de jogos de luta com espadas. Falo isso pois o último jogo foi lançado em Janeiro de 2012, e não agradou a todos. Depois de seis anos, a franquia retorna e estreia na nova geração, será que a espera valeu a pena?
Viajando pelo mundo de Soul Calibur
O jogo apresenta dois modos de história: “Libra das Almas” e “Crônica das Almas”. O primeiro funciona como uma espécie de RPG, onde criamos nosso personagem e viajamos pelo mundo de Soul Calibur fazendo missões, ao terminar essas missões ganhamos experiência e dinheiro que podemos usar para comprar novas armas e assim avançar na história.
Já o segundo, Crônica das Almas, conta a história principal. Ele começa com uma retrospectiva dos primórdios da série, mas ainda sim deixa os novos viajantes meio perdidos durante a campanha. Aqui os protagonistas são Kilik e Xianghua, os dois devem vencer a influência da Soul Edge.
Os dois modos de história têm um enredo fraco e cansativo de acompanhar, por mais que sejam curtos, principalmente o segundo. Digo fraco pois ele se amarra em clichês narrativos para avançar com a trama. E toda a história é contada por textos narrados pelos personagens, com poucas ilustrações de fundo, o que deixa tudo ainda menos empolgante, e faz com que o jogador se importe menos com o personagem. Em tempos de Tekken 7, Injustice 2 e MKXL investindo em cutscenes e histórias mais cinematográficas, Soul Calibur não seguir esse caminho é um tiro no pé, ou melhor, um corte na coxa (na hora de guardar a espada na cintura, sacou?).
Descendo a espada
Mas se Soul Calibur 6 falha em contar sua história, ele acerta no modo de combate. Aqui ele traz mecânicas novas para sua jogabilidade, como o Embate Extremo. Funciona assim: com o apertar de um botão o personagem consegue se defender, toma uma distância segura e tanto ele quanto os eu oponente vão atacar, cada um aperta um botão que terá ume feito pedra, papel e tesoura, e a sorte decidirá quem irá fazer o golpe. Isso deixa a luta mais cinematográfica, além de servir como uma medida desesperada para quem está perdendo poder virar o combate.
Como faz anos que não jogo Soul Calibur, acredito que os personagens tornaram-se mais rápidos, o que deixou o combate ainda mais dinâmico. Além de facilitar o uso de especiais durante a luta. Em resumo, o modo de combate pode agradar tanto os novatos quanto os veteranos.
O jogo conta com luta offline e online, onde lutamos casualmente ou uma ranqueada, mas aqui não temos nenhuma novidade. O divertido mesmo é jogar com um amigo, ou amiga, do lado!
Criando o seu personagem
Desde Soul Calibur 3 temos esse modo que já se tornou tradição da franquia. Aqui ele retorna, mas sem muitas novidades. Acredito que pelo que os consoles de hoje podem oferecer, o título poderia proporcionar mais opções de roupas, equipamentos, etc.
Mesmo assim, ainda é divertido criar seus próprios personagens e sair descendo a lâmina nos inimigos!
O que o Geraldão faz aqui?
Vale lembrar que o modo Crônica das Almas conta com um modo de história individual para cada personagem, onde podemos saber o que eles aprontaram durante a trama principal, tanto os já conhecidos, como os novos e o convidado especial desse novo título, Geralt.
Estranhou o bruxo por aqui, pois saiba que Soul Calibur é conhecido também por trazer personagens de outros jogos para a sua galeria de personagens. Em jogos anteriores tivemos Link, Spaw (sim, o soldado do inferno), Darth Vader, Yoda, Kratos entre outros.
Aqui Geralt, o famoso bruxo da série The Witcher, faz sua participação especial com uma história completamente original. Não darei spoilers, mas recomendo o modo história dele.
Que coisa linda!
Soul Calibur sempre foi um primor em gráfico e trilha sonora. Entretanto, seu sexto jogo não deixa a desejar graficamente, mas não é mais o primor da geração que representa. Ainda lembro-me de ficar completamente encantando com os gráficos de Soul Calibur 3, jogo que me apresentou a franquia e que me foi emprestado por um amigo da época da escola.
Entretanto, a trilha sonora consegue se destacar entre os demais jogos do gênero. Músicas épicas que conseguem trazer empolgação aos combates. Minha vontade e de ter todas elas em meu celular.
E Então, valeu a espera?
Soul Calubur VI é um retorno legal da franquia de luta de espadas. Não digo digno pois embora seus combates ainda sejam empolgantes e divertidos, o seu modo história peca em não buscar uma evolução narrativa.
Este review foi realizado com uma cópia do jogo disponibilizada pela Bandai Namco.