*Este review foi realizado com uma cópia do jogo disponibilizada pela Ebb Software
Scorn é o novo jogo de terror biopunk, em primeira pessoa, lançado nesta sexta-feira, 14, mês de outubro em comemoração ao Halloween. O jogo foi desenvolvido pela empresa servia Ebb e é inspirado nas obras de artistas visuais consagrados como H.R Giger, que trabalhou em diversos campos da arte, da pintura à escultura, e da comunicação ao cinema, ganhador do Oscar de melhores efeitos visuais pelo filme “Alien, o oitavo passageiro”, onde foi autor de um dos mais conhecidos cenários e “monstros” do cinema, o xenomorfo. Outro artista que inspirou o jogo é o polonês Zdzisław Beksiński que produzia no surrealismo obras de “realismo fantástico” é algo que ele chamava de “barroco” e “gótico”.
Por esses autores pode-se imaginar que a ambientação do jogo vai nos levar a caminhos aterrorizantes e fantásticos, e é assim que acontece, pois logo de início, quando “acordamos” em um corpo nu e “apenas” músculos nos vemos ante a uma sala escura, mórbida sem orientação alguma, então começamos nossa exploração. O game não nos dá moleza e não há acesso a uma HUD nem a mapas, muito menos pistas claras do que devemos fazer, temos então que investigar os locais e descobrir qual será o próximo passo.
É um sistema de puzzles, em que encontramos peças de um quebra-cabeça que aos poucos vai fazendo sentido. Mas não se engane, algo pode ficar para trás, e isso é fascinante, pois tudo tem um motivo dentro do game. Cada vez, ao solucionar um quebra-cabeça, temos acesso a um novo ambiente interconectado ao anterior e assim pistas deste estranho mundo fantástico que Scorn apresenta vão sendo reveladas.
As artes dos cenários é incrível e bem apresentada em seus gráficos, junto a uma trilha sonora fantástica cria uma ambientação ideal de suspense e você ficará se perguntando o que acontecerá em seguida. Em outros momentos o jogo vai mostrar peças, ambientes, e seres bem estranhos, e que geram aquela sensação do horror gore bem presente no surrealismo fantástico. A música também cria um suspense em que o ritmo e a entonação parecem acompanhar as descobertas de itens, causando aumento da expectativa pelo que se passa na história do game.
Não existem aquelas cutscenes enormes em Scorn, o jogo nos conecta ao próximo ato apenas quando se completa um puzzle, e uma nova exploração começa. As ferramentas e armas são algo intrigante também, conectadas visceralmente ao corpo do personagem são parte da sensação gore que a gestalt de Scorn nos traz.
Dessa forma, Scorn é um jogo profundo dentro da temática orgânica e surreal, diferente do comum em jogos de horror, ele está disposto a nos gerar sensações e gatilhos ora grotescos, ora intrigantes, mas sempre viscerais. E se você está esperando jump scare, talvez se depare com alguns, ou bastantes (depende da pessoa, rs), mas não é o único motivo da inquietação.
Existe, também, uma tensão das expectativas geradas pela atmosfera obscura do game, em que você se sente andando dentro de um organismo vivo. Todas essas perturbações são constantes em Scorn, pois o cenário, os acontecimentos e a trilha sonora geram uma expectativa sobre tudo que se passa no game, então é certeza de que joga-lo proporcionará uma experiência única e inesquecível.
Scorn está disponível no Xbox Game Pass para PC e Console, e também está à venda na Steam. E para mais informações sobre o game, acesse scorn-game.com.
Para mais sobre o Game Pass e a promoção do primeiro mês por R$ 5, consulte www.xbox.com/pt-BR/xbox-game-pass.