O review de Ruined King: A League of Legends Story foi realizado com uma cópia do jogo disponibilizada pela Riot Forge .
Sendo bem honesto, quando a Riot decidiu expandir o universo de League of Legends eu não me importei tanto, afinal não sou um fã de MOBAs de modo geral. Entretanto, após assistir Arcane me interessei por todo aquele universo e poder jogar Ruined King foi uma experiência nostálgica, mas um tanto bagunçada.
Ruined King: A League of Legends Story é desenvolvido pela Airship Syndicate, empresa do quadrinista Joe Madureira que foi responsável pelo RPG Battle Chasers: Nightwar e pelas artes da série de jogos DarkSiders. Aqui temos um influência pesada de Battle Chasers, não só pelo estilo característico da arte do quadrinista mas também pela jogabilidade, mas Ruined King tem seu toque de originalidade.
Uma Nova História
Ruined King ocorre principalmente na cidade de Bilgewater, logo após Sarah Fortune ter tomado o poder político da cidade ao assassinar o antigo líder do local, o impiedoso e temível Gangplank. No entanto, Fortune agora deve enfrentar uma nova ameaça de mortos-vivos vindos de Shadow Isles, bem como um fenômeno conhecido como Harrowing, tudo isso enquanto ela tenta estabelecer seu poder e respeito entre os habitantes de Bilgewater.
Essa é história principal, mas como um bom RPG o jogo não se prende somente a ela, fazendo com que ela (a campanha) seja o fio condutor que ligará todos os personagens e suas subtramas mais para frente, mas deixando claro que a história de Sarah Fortune e Illaoi são as mais importantes.
A campanha dura cerca de 20 a 25 horas se você for realizar somente as missões principais, e nesse tempo podemos conhecer os personagens que formam nossa equipe, através de diálogos que são desbloqueados em pontos específicos ou em momentos de descanso. Mesmo com um tempo curto, toda a história se desenrola de forma épica e fluída. E pode ser bem aproveitada devido a sua localização em PTBR que inclui não só legendas, mas também uma dublagem espetacular para todos os personagens, inclusive os NPCs. Enquanto eu jogava me perguntava se eram as mesmas vozes dos jogos de League of Legends, se realmente forem então é mais um ponto para esse universo compartilhado que a Riot está criando.
Além dos MOBAs
Ruined King é um RPG de turnos onde você montará sua equipe e explorará pequenas regiões de Runeterra durante a campanha, onde além da história principal poderão realizar missões secundárias e aprender mais sobre esse grandioso universo criado pela Riot.
Assim, o jogo serve para apresentar esse universo à novos jogadores, fazendo com que não seja necessário conhecer a lore dos personagens. Entretanto, eu acredito que quem conhece vai gostar das referências.
A jogabilidade é de um RPG em turnos, mas com algumas mecânicas interessantes que dão um toque de originalidade. Por exemplo, a barra de iniciativa, ela mostra a ordem de movimento de cada personagem, nela podemos alterar nossas ações de acordo com o que queremos realizar, por exemplo, se escolhermos um ataque mais poderoso ou uma cura mais poderosa, somos jogados até o final dessa barra, caso queiramos usar a mesma habilidade de forma rápida ela será jogada ainda no início da barra mas seu efeito será menor. Ainda sobre essa barra, dependendo da localização do personagem ele pode receber bônus ou sofrer danos.
No final das contas, a barra de iniciativa é um grande atrativo estratégico para o jogo e acredite, você vai querer aprender a dominá-la para enfrentar os chefes com mais facilidade, pois ele oferecem um alto grau de dificuldade.
No final das partidas ganhamos experiência e ao passar de nível desbloqueamos novas habilidades que serão evoluídas de formas distintas com pontos que ganhamos no decorrer da jogatina, deixando cada personagem único.
Como todo bom RPG podemos customizar nossos personagens para melhorar seus status, mas infelizmente isso não altera o visual do mesmo, o que é uma pena, mas talvez foi uma escolha da direção para não mudar muito do design dos personagens originais.
Um Menu Complciado
A interface de Ruined King é um tanto complicada. Embora sua jogabilidade seja em turnos, ela te dá uma boa variedade de opções de luta que de início leva um tempo até se acostumar.
Entretanto, os menus do jogo são complicados de usar e nem com o tempo ficam mais fáceis. Por exemplo, ao entrar no menu de inventário e comparar um item com outro, não existe a opção de simplesmente cancelar a comparação e ir para o próximo item, você precisar sair daquele menu e depois retornar, ou trocar para um outro personagem e depois voltar. Não fez muito sentido ser assim, né? Pois é.
E o que falar daquele mapa? O jogo não é um mundo aberto, mas podemos explorar vários “corredores” que levam para várias “portas”, entretanto a falta de um minimap na tela faz com que tenhamos que sair do jogo e acessar o mapa manualmente, entretanto o mesmo não é fácil de analisar, pois foi feito de uma maneira desnecessariamente confusa fazendo com que não fique fácil de se localizar e nem para onde você deve ir, principalmente se precisar realizar uma missão secundária.
Diversão e Boa Música
Mas sendo honesto, o único ponto fraco de Ruined King fica por conta de sua interface. Os combates de turno conseguem ser dinâmicos e nada enfadonhos, e sua campanha é realmente instigante até mesmo para os novatos naquele universo como eu, não é uma história nível Arcane, mas é algo bem empolgante de se acompanhar. Entretanto, tudo poderia ser jogado fora se não fosse pela trilha sonora!
A trilha sonora do jogo é espetacular, uma mistura de músicas de taverna com tema de piratas, criando assim composições divertidas e harmônicas em momentos descontraídos e indo à tons mais sombrios e sérios quando necessário. Vale a pena buscar a trilha sonora no Spotify depois, até mesmo se for ler um bom livro de fantasia… fikdik!
Considerações Finais
Ruined King: A League of Legends Story é um prato cheio de referências para quem curte o universo de LOL, e uma espetacular porta de entrada para os novatos no mundo de Runeterra. Suas peculiaridades no combate é um grande atrativo para os amantes de RPG de turnos, mas sua interface complicada irrita bastante durante a jogatina.
Distribuidora: Riot Forge
Desenvolvedor: Airship Syndicate
Gênero: RPG de turnos
Disponível para: Xbox One S/X, Xbox Series S/X, PlayStation 4, PlayStation 5, Nintendo Switch e PC.
Data de lançamento inicial: 16 de novembro de 2021