The Rock carrega o filme
Sexy sem ser, muito, vulgar (sim eles conseguiram…)” negative_heading=”Pontos Negativos” negatives=”Zac Efron não convence
Roteiro raso e cheio de furos
Forçaram algumas piadas mais do que o necessário”][/review_summary]
Qualquer um que nasceu nos anos 80 e tinha TV a cabo nos anos 90 sabe do que a gente tá falando. Baywatch é praia, é corpo, é Pamela Anderson correndo em câmera lenta pela praia. Seth Gordon, o diretor do filme também sabe disso e aproveita. É metralhadora de clichês, mas veja, o filme não é péssimo porque é o filme de Baywatch, e esperar qualquer coisa diferente é se enganar.
A Paramount Pictures nos levou até o Shopping Eldorado em uma noite fria e chuvosa de São Paulo. É aqueles micos que você faz porque a curiosidade de “como diabos eles conseguiram fazer um filme” que te levam até lá.
O roteiro é recheado de ironias com o próprio filme. Arranca risadas com piadas fáceis e ironias mas perde quando força algumas outras. É um filme bem raso, e quando mantém essa leveza dá certo, mas quando pesa acaba ficando uma coisa um tanto quanto Zorra Total…
Dwayne Johnson (The Rock) é o grande herói e muitas vezes carrega o filme nas costas. O grande, literalmente, herói amado por todos. É o enorme cara simpático que sabe brincar consigo mesmo, e dá a liga pro filme. Ele consegue fazer as piadas funcionarem e as brincadeiras com outros atores com um pouco mais de experiência, como o policial Sgt. Ellerbee – Yahya Abdul-Mateen II (o furioso Cadillac de Get Down) viram bem.
Zac Efron interpreta o anti-herói a ser resgatado. Apesar de ser um personagem principal, o ex-futuro astro da Disney falha em tentar ser esse personagem, ainda mantém a profundidade de um cantor-jogador-de-basquete. Interpreta um ex-atleta que quebrou e tem problemas no passado, um pouco demais para o jovem ator.
Entre os coadjuvantes, destaque para o personagem Ronnie Greenbaum interpretado por Jon Bass que claramente faz o gordinho-pastelão, mas consegue entregar bem. Os outros acabam como só belos corpos pulando e sendo belos.
Poderia falar aqui de todos os furos no roteiro, mas bem, é um filme do Baywatch. A história permeia tráfico de drogas, corrupção e assassinatos mas a sensação ainda é estar vendo um episódio de TV. A produção é boa, talvez faltou algum cuidado nos “efeitos especiais”.
É um bom filme para não pensar, para desligar um pouco e fugir desse frio. Mas é sim um filme da TV, e talvez caiba mais em uma noite boba passando em qualquer canal.
Baywatch estréia nos cinemas brasileiros dia 15 de junho de 2017