Pela primeira vez, o estúdio Pocketpair, de Palworld, falou abertamente sobre o momento em que recebeu a notificação judicial da Nintendo. Em entrevista ao site PC Gamer, o gerente de comunidade global da companhia, John Buckley, descreveu a situação como deprimente.
“Isso mudou muitas coisas para nós. Estávamos prestes a lançar a versão de PlayStation e ir para a Tokyo Game Show, então obviamente tivemos que nos conter um pouco, contratar seguranças e coisas do tipo” conta Buckley. “Todos na Pocketpair são grandes fãs [da Nintendo], então foi um dia muito deprimente”.
“Nós checamos a parte legal antes de Palworld ser lançado e quando o processo foi anunciado, ficamos tipo “O quê?”; nós contatamos nossos advogados, que procuraram o tribunal para saber o que estava acontecendo. Foi aí que descobrimos que eles estavam utilizando patentes [no processo]”.
Segundo Buckley, a Pocketpair nunca imaginou que poderia ser processada por esse motivo em específico, o que causou grande surpresa e comoção entre todos da equipe. A Nintendo alegou a infração de múltiplas patentes, exigindo uma compensação financeira de 5 milhões de ienes (aproximadamente R$ 190 mil).
A Nintendo aponta que diversas mecânicas de gameplay foram copiadas da franquia Pokémon, incluindo a forma como os personagens de Palworld arremessam suas “pokéballs”. A Pocketpair comentou que lutará na justiça para provar sua inocência, mas por outro lado, já realizou algumas alterações na jogabilidade para deixá-la menos semelhante com Pokémon.
O processo foi formalmente anunciado em setembro de 2024 e, até o momento, segue em andamento.