Planeta dos Macacos: O Reinado não é apenas um blockbuster clássico do cinema hollywoodiano, é um épico de aventura e ação com efeitos visuais surpreendentes e performances memoráveis.
O filme se consolida como um dos melhores reboots da franquia, elevando o nível gráfico e entregando uma história consistente e agradável, apesar de falhas consideráveis em seu ritmo, o que não modifica o resultado fascinante da obra.
O cineasta Wes Ball, conhecido por trabalhar com excelência os temas distópicos em seus filmes, como a aclamada saga Maze Runner, é o responsável por dar nova vida à franquia épica e global do novo Planeta dos Macacos. E não havia ninguém melhor do que ele para assumir esse papel.
O Reinado se passa em várias gerações no futuro, mais ou menos 300 anos após a morte do líder César, em que os macacos são a espécie dominante, e os humanos foram reduzidos a viver nas sombras. À medida que um novo líder constrói o seu império, o jovem macaco, Noa, embarca em uma jornada angustiante que o levará a questionar tudo o que sabia sobre o passado, e a fazer escolhas que definirão um futuro tanto para os macacos como para os humanos.
Apesar da história seguir em frente, trazendo novos personagens e ambientado numa linha de tempo diferente, o filme parte exatamente como terminou a triologia liderada por Andy Serkis e Matt Reeves, e depois disso nunca mais olha para trás. Então é normal que Planeta dos Macacos: O Reinado leve mais tempo para se firmar.
Wes Ball junto com sua equipe de roteiristas Josh Friedman, Rick Jaffa, Amanda Silver e Patrick Aison deixam claro que a intenção é recriar uma nova saga épica para os cinemas, e constroem juntos um sucessor digno ao trono. Não é apenas o reinado de seus macacos que entram em questão, mas de toda a sua incrível equipe.
O segundo ato é arrastado, consequência de uma história de apresentação/origem, mas destaca as atuações de Freya Allan, no papel da humana Mae, e Owen Teague no papel do macaco Noa. A tencologia usada para captar os movimentos e a performance dos atores que dão vida aos macacos é brilhante. No somente Teague, mas Kevin Durand, Lydia Peckham, Peter Macon e Travis Jeffery, que também utilizam dessa tecnologia, entregam atuações impecáveis.
Essa tencologia de movimento consiste em aplicar pequenos mecanismos sensoriais eletrônicos no rosto e no corpo de pessoas treinadas para atuação. Geralmente, no cinema, esses pontos são instalados em macacões que cobrem os artistas da cabeça aos pés. É o mesmo visto nos filmes Avatar (2009) e Avatar: O Caminho da Água (2022), de James Cameron.
Não somente isso – mas arrico a dizer que os trabalhos de efeitos visuais em Planeta dos Macacos: O Reinado ficaram muito a frente dos filmes de Cameron.
O terceiro ato do filme é verdadeiramente emocionante, é o clássico “a cereja do bolo”. Depois de um arco mais lento, o final é uma explosão de acontecimentos. O ritmo mais acelerado compensa o anterior com cenas de tirar o fôlego do espectador. É aqui que entendemos porquê esse é o melhor filme da franquia disparado.
O roteiro equilibrado e uma direção responsável formam, juntos, o combustível essencial para incendiar, literalmente, essa reinício em o Planeta dos Macacos: O Reinado. O filme traz o necessário para uma saga de ficção científica, se mostrando tão forte e cativante como os seus atencessores, porém, com melhorias nítidas em seu escopo.
Adaptado do livro Planeta dos Macacos, de Pierre Boulle, a franquia conta a história de macacos inteligentes que subiram ao poder e enfrentam novos desafios enquanto humanos e macacos tentam coexistir no mesmo mundo. Atualmente, há um total de nove filmes ambientados nesse universo, com o último filme lançado em 2017, dirigido por Matt Reeves.
Planeta dos Macacos: O Reinado estreia em 08 de maio nos cinemas brasileiros, confira o trailer abaixo: