Panzer Paladin foi uma grata surpresa, quando recebi o jogo imediatamente venho a memória os jogos clássicos de Mega Man do NES, e realmente ele bebe bastante nessa fonte, mas com um toque de Castlevânia, e uma boa atualização das mecânicas e jogabilidade. No jogo você controla é a Flame, uma androide que trabalha para uma organização Canadense para manter a paz no planeta, logo no inicio do jogo a Terra é alvo de um meteoro em forma de uma arma, que cai próximo a base da Gauntlet, a organização onde Flame trabalha, ela então vai imediatamente ao local, e encontra um Wendigo, um monstro mais conhecido na cultura norte americana, eles o perseguem e o enfrentam, mas o monstro é destruído pelo The Horseman, após esses eventos, Dr. Bloom que trabalha com você na Gauntlet explica que outros meteoros em forma de arma caíram por diversos países pelo globo e que eles funcionam como um portal, trazendo monstros alienígenas de outra parte do universo para invadir nosso planeta.
Durante o jogo, você pode começar por qualquer uma das fases abertas no mapa, que são em diferentes países e tem a temática e o monstro/chefe referente a cultura daquele região também, similar aos antigos jogos de Mega Man, durante a fase você controla Flame dentro de seu Mecha Paladino Grit, o que eu achei bastante legal é que a principio sua vontade é disparar tiros nos adversários, mas Grit não tem nenhuma arma de projeteis, ele usa apenas armas brancas, e alem disso, as armas quebram, mais ou menos no sistema de BTOW, então você tem que ter muito cuidado com que arma você usa contra cada adversário, elas também variam de dano e habilidades, podem quebrá-las para lançar um efeito especial, como raios que destroem todos os inimigos em tela, ou cura. As armas podem ser jogadas para atingir um adversário distante, mas nesse caso você perde automaticamente a arma, o que é um grande limitante, sendo algo que você evita bastante fazer, outra coisa legal é que ao chegar ao checkpoint você precisa sacrificar uma arma para ativa-lo, Grit vai cravar a arma no dispositivo e ativar o checkpoint, ou seja, todas as ações tem um custo, e elas sempre envolvem o seu armamento. Grit ademais parece um verdadeiro Mecha Paladino, ele é lento, não corre e não da Dash, você se sente lento, gigante, um verdadeiro Mecha, no começo você espera correr e pular como o Mega Man, mas quando se acostuma fica divertido, dando um pouco de realismo ao jogo.
Alem disso, caso você precise correr e pular, Flame sempre está disponível, é possível sair de Grit a qualquer momento do jogo e então sim você terá mais habilidade, Flame conta com um chicote estilo Castlevania que a permite abater os adversários se pendurar em ganchos, e acessar áreas onde Grit não entra, é possível reaver Grit em áreas especificas das fases, ou então simplesmente jogar toda ela com Flame, ela tem sua barra de vida própria, mesmo sendo bem menor do que Grit, é sim possível.
Entre uma nível e outro você pode converter suas armas em pontos e aumentar o HP de Grit, é também possível customizar suas armas no blacksmith e compartilha-las pela internet com outros jogadores, algo bem legal adicionado ao jogo. A jogabilidade é boa e fluida e a trilha sonora é bastante empolgante, inclusive com a OST disponível na Steam. Os gráficos estilo NES agradam bastante, e as ilustrações do jogo são simplesmente incríveis, com estilo que convence, da até vontade de assistir um anime baseado nesse game.
O jogo está disponível para Switch e PC (Steam), e com um preço camarada desses, vale muito a pena jogar se você curte Mega Man clássico, Castlevania e outros jogos desse estilo. Apesar de não ser perfeito, fica uma sensação gostosa de que Panzer II pode ser aquele triple AAA metroidvania que a gente tanto espera.