Depois de muita espera, em junho a Sony enfim lançou sua nova PlayStation Plus, trazendo serviços há muito tempo aguardados para os consoles mais modernos da família PlayStation (PS4 e PS5). Agora com três planos diferentes, o formato antigo – que disponibilizava três jogos mensalmente, permitia guardar seus saves na nuvem e, não menos importante, jogar online – se tornou a opção mais básica, chamada de PS Plus Essencial. Quem já assinava automaticamente se tornou parte deste grupo, o que na prática não muda nada. As novidades estão nos demais planos, que estão disponíveis para quem tiver coragem de desembolsar um pouco mais.
Os planos Extra e Deluxe trazem diferentes benefícios para seus assinantes, sendo que o Extra desbloqueia uma biblioteca de aproximadamente 400 jogos de PS4 e PS5 para jogar (esse número já inclui DLCs) e o Deluxe ainda traz uma seleção de jogos retro via emulação, incluindo recursos adicionais e até mesmo a adição de troféus! Isso mesmo, agora você pode platinar os jogos preferidos da sua infância, então quem acompanha o PlayStation desde os primórdios com certeza vai gostar bastante do plano mais requintado. A opção mais cara também traz testes limitados de alguns jogos que não estão inclusos de forma integral no pacote.
A seguir, vamos avaliar individualmente cada benefício oferecido por essa nova PlayStation Plus para enfim responder a pergunta que não quer calar: vale a pena assinar?
Catálogo de jogos
Começando pela parte mais atrativa, que se encontra disponível tanto no plano Extra quanto no Deluxe, o catálogo de jogos está suficientemente satisfatório, trazendo um bom equilíbrio entre indies e AAA. Quem tem videogame em casa com certeza sabe que o custo para se manter em dia com os lançamentos não é brincadeira, afinal são tantos jogos sendo lançados a preços tão altos que se torna impraticável comprar tudo. Assinar um plano que disponibiliza centenas de jogos (e que ainda vai adicionar mais no futuro) sem dúvidas é muito vantajoso.
À medida de comparação, enquanto o Xbox Game Pass possui um vínculo com a EA Play, a PlayStation Plus fez o mesmo com a Ubisoft+, então quem gosta de Assassin’s Creed, Far Cry e tudo que é feito pela gigante francesa vai estar muito bem servido. O catálogo também está rico em exclusivos do PlayStation, contando com todos os principais da geração passada e boa parte dos que foram lançados exclusivamente para o PS5. Alguns upgrades que não justificam uma nova compra, como Death Stranding: Director’s Cut e Ghost of Tsushima: Director’s Cut, também estão inclusos, então acaba valendo bastante a pena.
É claro que quantidade não é sinônimo de qualidade, então não dá para negar que tem muito jogo aleatório aqui. Ainda assim, possui uma seleção de indies e AAA renomados que por si só já garantem meses de jogatina (se você joga pouco, até anos). Se você não tem o costume de comprar muitos jogos, a nova PlayStation Plus é a solução dos seus problemas – principalmente considerando que alguns jogos podem ser disponibilizados já em seu lançamento, como foi o caso do Stray em julho.
Catálogo de clássicos
A adição de jogos clássicos com troféus foi um dos principais atrativos da nova Plus (pelo menos para este que vos escreve), mas infelizmente ainda é um ponto que precisa melhorar muito. Até o momento, existem apenas 38 jogos retro no catálogo, sendo 24 de PS2 (grande parte deles já estavam disponíveis no PS4), 13 de PS1 e somente um de PSP. É claro que temos bons títulos aqui, como o primeiro Syphon Filter, Ape Escape, trilogia Jak and Daxter, Siren, alguns Star Wars e por aí vai. Ainda assim, não dá para negar que é muito pouco.
Toda geração de PlayStation teve o privilégio de receber uma biblioteca incrível de jogos, então não faltam títulos para serem adicionados aqui. A desvalorização que fizeram com os portáteis também decepciona, pois o PSP teve um catálogo de games de dar inveja a qualquer portátil; já o Vita não teve a mesma sorte, mas com certeza não merece ser deixado de lado – o coitado não recebeu nenhum jogo na nova Plus!
Todos esses títulos foram adaptados para rodar em televisores modernos e altas resoluções, com filtros adicionais, possibilidade de mudar o formato da tela (4:3 ou 16:9) e ferramentas que costumam marcar presença em emuladores, como salvar ou carregar a qualquer momento ou retroceder alguns passos. Tudo isso somado a adição dos troféus fazem valer a pena revisitar esses jogos, mas como já enfatizado, ainda tem muito pouco. Precisam incrementar mais o catálogo de jogos retrô para tornar o plano Deluxe realmente atraente.
E quanto ao preço?
A assinatura de 12 meses do PlayStation Plus Deluxe está saindo por R$ 389,90, ficando R$ 32,49 ao mês. Não é um preço alto, ainda mais levando em consideração o que é cobrado em outras assinaturas semelhantes. O Xbox Game Pass Ultimate, por exemplo, limita o período de assinatura a três meses, pelo preço de R$ 134,99. Ambos se tratam da versão mais cara dos seus respectivos serviços, mas no final, a Plus entrega uma experiência semelhante por um valor mais em conta.
Dito isso, por mais que a nova PlayStation Plus ainda precise de algumas melhorias, com certeza vale a pena fazer o upgrade. Tem jogos para todos os gostos e idades, com destaque para a presença pesada dos exclusivos, que são o que carregam a fama do PlayStation até os dias de hoje. Com o tempo, esse serviço tem tudo para se tornar ainda melhor!