*O review de Marvel’s Spider-Man: Miles Morales foi realizado com uma copia antecipada do jogo enviada pela PlayStation.
Hoje em dia, Miles Morales é um personagem tão importante quanto Peter Parker, sendo até difícil imaginar um Homem-Aranha sem o outro. Indo além de sua popularidade, que foi ainda mais consagrada com a incrível animação Homem-Aranha no Aranhaverso, Miles provavelmente é o personagem negro mais icônico do universo Marvel, conseguindo superar até mesmo o próprio Pantera Negra!
Por mais que ele não seja rei de Wakanda, o Homem-Aranha sempre foi o personagem mais querido e conhecido da Marvel, então o fato de existir um Homem-Aranha negro que é tão legal quanto o original apenas reforça a importância da representatividade na cultura pop. Seria um desperdício imenso não dar um jogo exclusivamente para ele e, mesmo que ainda não seja um título único e sim um stand-alone, Marvel’s Spider-Man: Miles Morales faz jus à reputação do personagem.
Com grandes poderes…
Para todos que jogaram Marvel’s Spider-Man, a história continua a partir do fim do primeiro jogo, mas não é obrigatório ter jogado para curtir este. Logo no começo já é possível assistir a um resumão de tudo que aconteceu para ficar por dentro, então se você quiser pular a aventura de Peter e ir direto para a de Miles, é possível (mas não recomendado, já que o primeiro jogo é incrível).
Miles agora é um adolescente que está descobrindo os seus poderes e aprendendo a usá-los da melhor forma no combate ao crime de Nova York, junto com seu mentor Peter Parker (que agora já está de rosto novo). Sua verdadeira aventura começa quando Peter precisa se ausentar por um tempo para uma viagem a trabalho, deixando NY nas mãos daquele que é conhecido simplesmente como “o novo Homem-Aranha”.
Em Marvel’s Spider-Man: Miles Morales a trama foca muito nos relacionamentos pessoais de Miles, mas claro que com todo aquele drama que também veríamos em uma história em quadrinhos e nos filmes. Ao mesmo tempo que precisa lidar com sua família e amigos (cada um possuindo seus próprios segredos), ele precisa combater novas ameaças que surgem na cidade, como um grupo conhecido como Underground e uma megacorporação chamada Roxxon, que certamente esconde muito por trás de suas “boas intenções”.
A campanha dura em torno de quatro a seis horas em nossa primeira jogada, mas esse tempo pode diminuir drasticamente se focarmos exclusivamente nas missões principais. O que ajuda a estender consideravelmente são os objetivos paralelos, que são basicamente uma cópia do primeiro: itens colecionáveis, desafios de combate, mobilidade e stealth, bases inimigas para destituir e por aí vai.
Amigão da vizinhança
Uma coisa muito legal em Marvel’s Spider-Man: Miles Morales é que deram uma atenção maior ao termo “amigão da vizinhança”, afinal Miles ainda é um jovem inexperiente que está aprendendo a ser um justiceiro mascarado. Isso não fica nítido somente em seus movimentos de combate e no balançar das teias (onde parece que ele vai cair a qualquer momento), mas também nas missões paralelas.
Graças ao aplicativo desenvolvido por seu fiel escudeiro Genke, agora as pessoas podem entrar em contato com o Homem-Aranha e pedir sua ajuda. Isso deixou as missões secundárias bem mais imersivas, pois são pessoas reais passando por problemas reais que, geralmente, podem ser solucionados dentro da própria vizinhança. Aos poucos, Miles vai se tornando o herói do povo.
Ainda falando das diferenças, o combate e o stealth continuam mais do mesmo, só que com pequenos adendos que deixaram tudo mais legal. Miles tem mais poderes do que Peter, então temos uma série de ataques devastadores envolvendo eletricidade, oferecendo uma variedade de golpes muito maior. Já com respeito ao stealth, Miles pode ficar invisível por algum tempo, deixando as coisas ainda mais fáceis.
A variedade de inimigos também aumentou e, apesar da maioria ainda estar muito parecida com os oponentes do jogo anterior (mudando apenas o visual e o estilo das armas), ainda transmite a sensação de que é algo novo. Desconsiderando os poderes únicos do Miles e somando esses inimigos reaproveitados, o jogo está basicamente o mesmo, só que com uma nova história.
Quanto aos gráficos, nem preciso comentar muito. Em Marvel’s Spider-Man já eram absurdos e em Marvel’s Spider-Man: Miles Morales tudo parece estar ainda mais bonito, ficando até difícil de imaginar que pode ficar melhor no PS5. No PS4 ainda ocorre alguns problemas de performance, como travadas ocasionais e quedas pesadas de fps quando tem muitos inimigos na tela, além de um bug muito comum que não carrega algum ambiente específico, te impedindo de avançar e forçando a recarregar o último save.
Agora, para a trilha musical eu tiro o chapéu. Provavelmente esse foi o principal fator que deixou o jogo com a cara do Miles, pois eles souberam usar músicas que definem sua personalidade no melhor estilo Aranhaverso. Já não vejo a hora de poder escutar cada música de forma separada enquanto ando por aí fingindo ser o Miles.
Marvel’s Spider-Man: Miles Morales é um stand-alone obrigatório para todos que jogaram o primeiro e gostaram, todos que amam o personagem, todos que amam o universo Marvel e todos que amam Homem-Aranha no Aranhaverso (aliás, é possível jogar com o traje da animação de uma forma muito especial). Ele abre um leque de possibilidades para a sequência que, certamente, tem tudo para superar o primeiro jogo. Agora o que fica é a ansiedade, pois já não vejo a hora de poder jogar mais com essa dupla!
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