*Este review foi realizado com uma cópia do jogo disponibilizada pela Sega
A serie Yakuza sempre teve uma boa base de fãs estabelecida com jogos de sucesso, porém em Yakuza: Like a Dragon vemos o nosso protagonista Ichiban Kasuga estrear e tornar a franquia ainda mais famosa no mundo todo, depois de alguns jogos, Like a Dragon: Infinite Wealth vem para continuar a aventura de Ichiban.
Campanha
Like a Dragon: Infinite Wealth começa alguns anos após o término de Yakuza: Like a Dragon onde Ichiban Kasuga vive uma vida normal de civil e tenta ajudar outros ex Yakuza a viver em sociedade. Mas após uma armação, Ichiban é literalmente cancelado e caçado na internet.
Após ver sua reputação desmoronar, Ichiban é surpreendido com o ressurgimento de um possível familiar que estaria vivo, com isso ele parte com seu grupo para o Havaí para desvendar esse mistério. Porem eles não esperavam encontrar o lendário protagonista da série Yakuza, Kazuma Kiryu, que está no Havaí após os eventos de Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name.
Aprofundando por Infinite Wealth
Like a Dragon: Infinite Wealth, assim como Yakuza 7, é um RPG baseado em turnos que aprimora significativamente a base estabelecida pelo jogo anterior. O destaque é o novo foco no posicionamento em combate, onde cada personagem tem uma área circular para se movimentar antes de agir. Isso torna crucial a estratégia de se posicionar perto de outros membros da equipe para ataques combinados, utilizar itens como armas ao se mover próximo a eles e empurrar inimigos contra paredes para causar danos extras.
Essa abordagem acrescenta uma camada extra de estratégia ao jogo, indo além das escolhas de ataques ou ações. O sistema de trabalho está de volta, com novos empregos no Havaí, oferecendo experiências únicas, como danças de fogo e ataques com atum. A possibilidade de mudar rapidamente de emprego e experimentar novas habilidades e especialidades deixa o jogo bem mais dinâmico e divertido
Os jogos da Yakuza são conhecidos por suas envolventes tramas policiais, e as histórias protagonizadas por Ichiban e Kiryu se entrelaçam e divergem, formando uma narrativa fragmentada. Enquanto Ichiban e seu grupo exploram o submundo no Havaí, Kiryu e sua equipe estão imersos no cenário japonês. A grande vantagem está na personalidade cativante de Ichiban, que, ao contrário da seriedade de Kiryu, conquista inimigos com discursos envolventes, criando uma dinâmica divertida tanto de assistir quanto de joga.
Honolulu proporciona um vasto cenário sandbox repleto de atividades e descobertas em todos os cantos. Destaca-se como o ambiente mais detalhado já criado pelo RGG Studio, com edifícios e estradas em uma escala superior aos jogos anteriores da série Like a Dragon. O jogo transmite uma sensação de aventura ainda mais marcante do que Yakuza: Like a Dragon, já que Ichiban é um estrangeiro que precisa se adaptar ao seu novo ambiente.
A última parte do conteúdo adicional que merece destaque são as masmorras, duas no total, cada uma com vários níveis de dificuldade. Cada nível compreende 10 fases e duas batalhas contra chefes, oferecendo uma excelente oportunidade para aprimorar personagens, experimentar habilidades e obter ingredientes raros para artesanato. Embora não sejam essenciais, é altamente recomendável que os jogadores explorem ambas as masmorras pelo menos uma vez, proporcionando uma experiência fantástica para conhecer melhor a equipe e suas habilidades individuais.
Uma crítica comum sobre Like a Dragon: Infinite Wealth é a decisão questionável de restringir o modo New Game Plus nas versões Digital Deluxe e Ultimate. Isso não apenas pode desagradar os fãs dedicados, que desejam passar mais de 100 horas no jogo, mas também representa um gasto adicional para os jogadores, esse tipo de cobrança adicional nunca é bem vista no mundo dos games.
Conclusão
Like a Dragon: Infinite Wealth representa um sucesso para a franquia, mantendo a essência que os fãs adoram enquanto aprimora a jogabilidade e os recursos do jogo anterior. Embora tenha algumas imperfeições, elas são superadas pelos aspectos positivos, destacando-se pela sua originalidade e personalidade única. Facilmente um dos primeiros destaques do ano, é uma escolha imprescindível para os entusiastas de RPG e da série Yakuza.