O review de Halo Infinite foi realizado com uma cópia do jogo disponibilizada pela Xbox Game Studios.
Particularmente falando eu não jogo Halo desde o Halo Reach, que apresentava uma campanha excepcional e um modo multiplayer em tela dividida que para mim, naquela época, era sinônimo de Halo, pois eu havia termina tanto o Halo 3 e Reach com meu irmão mais novo. Quando soube que Halo 4 e Guardians não tinham esse multiplayer local a vontade de seguir com a franquia esfriou… até agora.
Halo Infinite veio prometendo ser o jogo mais robusto da franquia, os desenvolvedores prometeram conteúdo para mais alguns anos, além de uma campanha excepcional e um mundo aberto algo nunca visto antes na franquia. Ao que tudo indica, Halo Infinite é um “pedido de desculpas” após os os últimos títulos feitos pela 343 Industries (Halo 4 e Halo 5: Guardians) não terem sido tão bem recebidos pela crítica e fãs. Será que conseguiram?
Um Novo Começo?
Halo Infinite começa de forma misteriosa, praticamente ignorando o final de Halo 5: Guardians, com Master Chief sendo resgatado do espaço por um piloto. A missão de Master Chief é entender o que aconteceu no tempo que ele ficou vagando pelo espaço, e impedir que os Banidos continuem tomando o Zeta Halo, antes que seja tarde de mais!
A história principal de Halo Infinite é direta, impedir o plano dos Banidos e pouco se sabe sobre o que aconteceu com os outros personagens, exceto se você pesquisar pelos áudios espalhados pelo mapa de Zeta Halo. E aqui fica uma faca de dois gumes, pois quem queria ver o final a partir dos eventos do último jogo vai se decepcionar, e quem é novo na franquia pode não se importar com a quantidade de explicação que simplesmente é jogada durante as cutscenes.
Os Banidos, grandes vilões do título, são mal desenvolvidos, e a construção de seus líderes é fraca, só vemos cutscenes deles conversando um com o outro e falando que vão tomar o controle de tudo e que estão surpresos pelo Master Chief ainda estar vivo. Aparentemente, boa parte da história dos Banidos foi contada na série Halo Wars, mas acredito que poucos jogaram, então se Infinite buscava trazer uma campanha mais simples, poderiam pelo menos desenvolver melhor os vilões.
De modo geral, mesmo sendo uma continuação, a história de Halo Infinite não parece querer seguir o que foi apresentado no final de Guardians e o que é apresentado é pouco desenvolvido.
Tiro, Porrada, Bomba e papel
A história de Halo Infinite pode ser rasa, mas o título recompensa por outros aspectos como sua jogabilidade que está mais diversificada. Os tiroteios agora são mais frenéticos, e ficar parado buscando cover não vai ajudar, pois a inteligência artificial dos inimigos é algo bem interessante, eles montam estratégias para se adaptar a sua jogatina.
Além disso, a adição do gancho foi feita de modo espetacular e ajuda tanto na exploração quanto em combate, podendo ser evoluído ao avançar de sua exploração pelo mapa. Durante a minha jogatina eu foquei em aumentar apenas o escudo e o gancho, deixando os outros atributos por último.
O mundo aberto de Halo Infinite é bem pequeno se comparado com muitos outros jogos atuais, e não há muito o que se fazer nele além de explodir alienígenas inimigos. Falando assim parece até que é decepcionante, entretanto tem seus prós e contras. Começando pelos contras: o bioma do mapa sempre será o mesmo, até mesmo dentro das cavernas, pois todas elas são bem semelhantes; a falta de um ecossistema no Zeta Halo também deixa o mapa pobre, faltou mais desenvolvimento e ficou um pouco claro que Halo não precisava de um mapa aberto, mas sim áreas grandes com biomas diferentes e uma exploração interessante. Os prós é que é divertido usar os veículos para andar pelo mapa procurando itens de aprimoramento de armadura, além de recuperar território para ganhar pontos de bravura.
Os pontos de bravura desbloqueiam equipamentos para seu exército, a medida que você recupera bases e asalva aliados pelo Zeta Halo você ganha tais pontos. Já os equipamentos desbloqueados podem ser encomendados em pontos específicos do mapa que vão desde armas até veículos.
Lutar contra os inimigos também é divertido, como dito acima é bem desafiador. Entretanto, a armadura do Master Chief é um tanto frágil, em certos momentos chega a incomodar. Por isso sempre que possível busque aprimorar sua armadura, o jogo não vai ficar mais fácil com ela completamente upada, mas vai ficar mais justo.
Trilha Sonora e Localização
Halo Infinite não erra em sua trilha sonora. Sabendo distinguir cada momento da trama em tons épicos, calmos e misteriosos, fazendo com que na campanha a trilha se apoie em elementos da história.
Além disso, cada arma, veículo, inimigo tem um som distinto fazendo com que seja reconhecidos a aproximação das máquinas ou o tiro de alguma arma próxima.
A dublagem está OK, vale destacar a volta de Sérgio Fortuna como Master Chief, mesmo que as vezes sua atuação fique robótica de mais em frases curtas, o ator consegue passar o cansaço de Master Chief durante as cutscenes com o Piloto dublado excepcionalmente por Wendel Bezerra.
Considerações Finais
Halo Infinite tem uma boa jogabilidade, e seu visual é bastante nostálgico para quem é fã da primeira trilogia de jogos, seja pelos mapas, armas ou inimigos. A história é um tanto rasa e o mundo aberto é pequeno, mas oferece uma quantidade razoável de missões opcionais para serem realizadas. O jogo acerta em sua jogabildade desafiadora, frenética e na trilha sonora que sempre foi o ponto forte da série.
Distribuidora: Xbox Game Studios
Desenvolvedor: 343 Industries
Gênero: Tiro em primeira pessoa
Disponível para: Xbox One S/X, Xbox Series S/X e PC.
Data de lançamento inicial: 8 de dezembro de 2021