Godzilla e Kong: O Novo Império – que carinhosamente irei chamar de G&K em alguns momentos – é uma incrível façanha cinematográfica, oferecendo entretenimento sólido que atende aos padrões do que deveria ser um filme do MonsterVerse.
G&K entrega tudo que um filme sobre monstros poderia ter: destruições em nível global, batalhas épicas, um elenco e roteiro morno, e um CGI de respeito. Não há nada particularmente novo aqui, porém, é um filme equilibrado e satisfatório naquilo que oferece.
As estrelas de G&K são definidamente os titãs que estão na maioria das cenas, sem miséria, é um encontro de lendas fatais. Os personagens humanos são tão ruins que fazem dos monstros uma grande esperança para diálogos relevantes. Ainda assim, quando estão todos juntos, não é tão ruim quanto se temia e, no final das contas, é simplesmente divertido de assistir.
O mais importante sobre o elenco é que eles não influenciam em nada no quesito duelo de gigantes. Aliás, o trabalho gráfico de G&K definitivamente chama atenção.
Um dos aspectos de destaque de Godzilla e Kong: Um Novo Império são os seus efeitos visuais. O CGI é excelente, misturando perfeitamente as enormes criaturas tanto nos ambientes naturais, quanto em ambientes urbanos. Com isso, o filme traz sequências de ação que envolvem o espectador em diferentes cenários. Tudo isso junto é realmente surpreendente.
As cenas de destruições são a cereja do bolo porquê G&K não decepciona nesse aspecto, já que as sequências de lutas são incrivelmente bem executadas e visualmente deslumbrantes, capturando o poder bruto e a escala dessas criaturas colossais. Qualquer outra coisa fora disso fica chato, Afinal, a razão para a existência desse tipo de produção é simplesmente ver tudo desmoronando e explodindo.
Diante disso tudo temos os protagonistas que é evidente quem são. Porém, é o antagonista que rouba a cena em vários mementos. Scar King é um dos vilões mais fortes de todas as partes. Embora sua presença no filme dê certo, você não viu metade dele, Scar King é um tirano impiedoso e terrível que não para por nada e vai ser preciso muito mais que G&K para detê-lo. A partir dai fica o mistério pois não tratamos de spoilers aqui.
Apesar de ser um filme pesos pesados, os humanos, é claro, mantém a sua participação importante no Novo Império, afinal tudo gira em torno da sobrevivência da espécie em meio a monstros imponentes. O elenco protagonista humano formado por Rebeca Hall, Bryan Tyree Henry, Dan Steves e Kaylee Hotle formam um quarteto carismático, mas superficial. Mas nada é tão ruim como Hall que entrega uma atuação deplorável – de centavos mesmo – sem nenhum esforço.
Entrando no modo MonsterVerse, G&K é de longe o melhor filme da franquia até então. O que diferencia Godzilla e Kong: Um Novo Império dos outros é a capacidade de equilibrar o espetáculo das batalhas dos titãs com um enredo decente que mantém o público com o filme até o final.
Embora possa não abrir novos caminhos em termos de narrativa, o enredo serve ao seu propósito, e vai construindo aos poucos um contexto e riscos suficientes para impulsionar a ação. Ele efetivamente prepara o cenário para o confronto colossal entre os monstros, fazendo com que as batalhas pareçam merecidas e impactantes.
Cumprindo sua promessa de entretenimento, Godzilla e Kong: O Novo Império deixa um gostinho de “quero mais” oferecendo uma experiência cinematográfica emocionante que deixa uma impressão duradoura, e abre caminhos para possíveis continuações. Sendo cinco filmes de um mesmo universo, pode ser que a saga se torne mais um “Velozes e Furiosos” nos cinemas.
No geral, Godzilla e Kong: O Novo Império é imperdível para os fãs de filmes de monstros e para quem procura um passeio emocionante no cinema. É um bom filme para passar o tempo em família.