*A análise de Doom Eternal foi feita com uma cópia do jogo para PC (via steam), cedida pela Bethesda Softworks.
Doom ganhou seu amado reboot pelas mãos da Bethesda, e o jogo foi bastante elogiado pela crítica e os fãs. Um retorno digno. Ele abandonava o terror que Doom 3 trouxe para a franquia e abraça a ação desenfreada e a violência na hora de executar os monstros e demônios do jogo das formas mais gráficas e criativas possíveis.
Agora em 2020 tivemos o retorno a esse universo, onde mais uma vez devemos lutar contra poderosos demônios e outros criaturas infernais.
A saga do Doom Slayer!
A história de Doom Eternal é uma continuação direta de Doom 2016. Agora o Doom Slayer precisa destruir os Sacerdotes Infernais para impedir que mais demônios surjam na Terra. Claro, a trama envolve muito mais do que isso e mostra que o universo de Doom é bastante rico e interessante. A trama é sim interessante, mas acompanha-la nas longas 10 ou 13 horas de campanha pode ser cansativa, mas depois chego lá.
O personagem possuí algumas armas e novas são encontradas pelas fases do jogo. Possímos duas barras de vida, sendo que uma delas é para a nossa armadura.
Um novo jogo, velhos hábitos
Entretanto, se Doom 2016 foi uma grande estreia, cheia de novidades, Eternal não traz tanta mudança em sua jogabilidade, mas temos sim coisitas novitas (desculpe o meu francês), como modificadores para nossas armas que vão nos ajudar a enfrentar hordas de inimigos, como por exemplo uma espingarda que se transforma em um lançador de granadas, entre outras modificações. Também podemos modificar nossa armadura, escolhendo algum atributo e deixando outro de lado. Para fazer essas mudanças você deve explorar o cenário e encontrar os itens que permitem fazer tais aperfeiçoamentos, fique tranquilo não é difícil acha-los.
Os encontros com as criaturas funcionam como o antecessor. Enfrentamos os inimigos comuns e após vence-los vem um mais forte, como se fosse um mini-boss, depois que este é derrotado (e muitas vezes eles são difíceis de vencer) é como se o jogo falasse “Então, esse foi tranquilo né, fí? Pois tome mais 3 deles para você matar!” e assim vai seguindo até esses mini-boss se tornarem inimigos recorrentes.
Hora de matar demônios, de novo, de novo… e de novo
No título anterior, por ser o retorno da franquia, matar demônios era algo divertido e psicopaticamente gratificante. Agora é cansativo, não traz muitas novidades, exceto pelas armas que você libera, mas mesmo assim não agrega tanto. Houve momentos em que fiquei entediado de atirar granadas, explodir e esmagar demônios e fui jogar outro jogo, e foi por isso que essa análise demorou.
Sim, Eternal é um tanto divertido e tem uma história legal com um universo bem rico, mas sua jogabilidade é bem fraca. O mapa é linear, chegamos em uma parte onde devemos matar todos os demônios e em seguida avançar, e a dificuldade do jogo está em colocar ainda mais inimigos na tela. Convenhamos que fazer isso por horas se torna chato.
Devido a linearidade dos mapas, não há muito o que ser explorado, mas o título recompensa aqueles que tentam, sempre tem algum item secreto para ser encontrando (e não falo só dos itens de upgrade que mencionei ali em cima).
Você pode revisitar os mapas, para refazer algumas missões secundárias, ou se arriscar nos Portões do Caçador, onde enfrentamos inimigos mais difíceis, mas convenhamos… já fizemos isso durante o jogo inteiro, não é mesmo meu bacana?
Que demônio bem polido!
Olha, Doom Eternal pode ser repetitivo e cansativo, mas se tem algo que devemos elogiar são seus gráficos e trilha sonora.
A id Software trouxe gráficos espetaculares e ricos em detalhes. Cada print que eu tirava de um cenários queria deixar como wallpaper da minha área de trabalho. E não pense que são cenários genéricos e repetitivo, muito pelo contrário, temos desde tempos abandonados, vulcões até estações de metrô destruídos em uma cidade pós-apocalítica.
Em Doom Eternal as criaturas também são um show a parte, embora muitas sejam do título passado, mas as novas também são muito boni… quero dizer, elas não são bonitas, mas tem um visual bem “massa” e assustador, como se tivessem vindo do inferno! Tudo fica mais bonito se você estiver jogando em um PC, com Ray Tracing ligado, fica a dica.
A trilha sonora é feita por umas batidas meio pop, no bom sentido do gênero, e principalmente pelo mais puro Heavy Metal, dá pra ficar muito tempo só escutando a música do menu principal.
E esse online aí?
Então, quase não joguei o online. As partidas demoravam para formar e não achei muito interessante. Podemos jogar como Doom Slayer ou os monstros. Como Doom Slayer devemos sobreviver e matar os demônios, além de escapar de armadilhas. Já como os demônios, devemos matar o Doom Slayer, seja invocando mínios ou plantando armadilhas.
É um modo bem divertido caso tenha algum amigo para jogar.
Considerações Finais
Doom Eternal traz mais conteúdo para sua campanha e mostra o quão grande é seu universo, cheio de criaturas e fases muito bem desenhas e polidas graficamente. Sua jogabilidade se mantém a mesma de seu antecessor, o que pode deixar alguns jogadores decepcionados, já que é cansativo ficar horas apenas matando demônios. Entretanto, para aquelas que só querem jogar um bom arcade, Doom Eternal pode ser uma boa pedida.
Distribuidora: Bethesda Softworks
Desenvolvedor: id Software
Gênero: Ação, FPS
Disponível para: PlayStation 4, Google Stadia, Xbox One, Nintendo Switch e PC
Data de lançamento inicial: 20 de março de 2020