Uma comédia romântica leve e diferente cuja mensagem principal nos faz refletir bastante. Essa é a proposta do filme Do Jeito que Elas Querem (Book Club), dirigido por Bill Holderman, com a data de estreia para o dia 14 de junho.
Com um elenco de peso, a história conta com as atrizes Diane Keaton, Jane Fonda, Candice Bergen e Mary Steenburgen para interpretar, respectivamente, Diane, Vivian, Sharon e Carol.
O longa aborda a vida de quatro senhoras que são amigas há décadas e que, mensalmente, se reúnem para conversar no clube do livro, criado anos atrás. A leitura da vez, porém, é diferente de todas as outras abordadas. Com intuito de melhorar a perspectiva das amigas, Vivian sugere o famoso 50 Tons de Cinza, livro o qual foi publicado em 2011 pela autora E.L James.
O espanto inicial das mulheres nos remete ao que vemos diariamente: senhoras conservadoras que possuem dificuldade de acompanhar as novidades do mundo. Entretanto, engana-se quem pensa que a comédia está atrelada a mente fechada das protagonistas. O intuito da história é, justamente, mostrar que pessoas idosas possuem energia e vontade para viver coisas novas, ainda que sejam propostas pelos jovens da geração.
Na medida em que a leitura avança, mais interessadas elas ficam diante do mundo sexual sugerido pelo livro. Esse ponto faz com que a vida de todas mude drasticamente, fazendo com que sintam vontade de transformar as suas rotinas.
Apesar de serem próximas, cada uma das amigas apresenta o seu próprio caminho com particularidades. Diane ficou viúva, Vivian preza por relacionamentos sem compromisso desde o seu último envolvimento emocional no início da sua vida adulta, Sharon ainda é atrelada ao seu ex-marido e, por fim, Carol possui um casamento sem conexão. Todas possuem um forte laço nessa amizade e não se desvinculam ainda que apresentem suas adversidades.
Outra questão de relevância para ser observada é a capacidade de cada personagem em se renovar. As senhoras não ficam estagnadas no tempo e, graças à ajuda desse livro, conseguem relembrar o que é de fato o amor.
Entretanto, o drama é inserido logo depois da metade da história. Inseguranças que não foram abordadas no inicio surgem, sem mais nem menos, demonstrando debilidades que estavam camufladas. Seria interessante apresentá-las inicialmente para traçar o perfil de cada uma das amigas, afinal, isso montaria uma pessoa real por trás das bem-sucedidas e alegres mulheres que são colocadas logo no início. O contato com o público seria mais real.
Contudo, o filme é bem humorado e interessante de se assistir tanto sozinho, para refletir, quanto com a família, para aproveitar o momento e dar boas gargalhadas. Abordar a velhice com olhos mais delicados e alegres definitivamente é o que dá o toque especial para toda a narrativa.