No início desta geração de consoles, o preço dos jogos aumentou de US$60 para US$70, resultando em valores próximos de R$350 no Brasil. Agora, o debate sobre novos aumentos de preços ganha força, com algumas vozes influentes sugerindo que essa tendência pode continuar.
Michael Douse, diretor de publicação da Larian Studios, trouxe à tona uma controvérsia recente sobre o valor dos jogos. De acordo com Douse, o preço dos jogos deveria refletir sua qualidade e profundidade. Ele observa que o aumento dos custos de produção, impulsionado por fatores como a inflação, poderia justificar uma nova elevação nos preços. Em tom irônico, ele menciona que muitos estão na expectativa para ver se GTA 6 estabelecerá um novo padrão de preços.
“Acho que um jogo deve ter um preço de acordo com sua qualidade, amplitude e profundidade. Quase todos os jogos deveriam custar mais em um nível básico porque o custo de produzi-los (inflação, por exemplo) está ultrapassando as tendências de preços. […] Todo mundo está apenas esperando que o GTA 6 faça isso risos.”
No entanto, Douse critica a prática de usar lançamentos de DLCs para justificar aumentos de preço. Ele aponta o exemplo de Star Wars Outlaws, que oferece edições mais caras com promessas de conteúdo futuro, enquanto a edição base parece mais acessível. Douse argumenta que essa estratégia pode ser enganosa e desconectada das expectativas dos consumidores.
“Mas não acho que chegaremos lá com promessas de DLC. A qualidade e a comunicação são mais importantes. Não gosto da artificialidade das estruturas de preços pós-varejo. Usar o preço base inflado para vender mais uma assinatura e promessas vagas de conteúdo para inflar as edições definitivas faz o preço base parecer melhor. Tudo parece um pouco perigoso e desconectado da comunidade.”