A review de Diablo IV foi realizada por uma cópia disponibilizada pela Blizzard.
Diablo IV foi revelado em novembro de 2019 durante a Blizzcon. Desde então, a empresa foi progressivamente compartilhado dados acerca do jogo, revelando pouco sobre suas mecânicas e as inovações que seriam apresentadas. Depois das versões betas muitos já tinham certeza de que o título valeu a espera. Mas será que trouxa tantas novidades?
Assim na terra como no inferno
Em Diablo IV, Lilith retorna ao mundo de Santuário através de um obscuro ritual, após um prolongado período de exílio. A reaparição dela marca o início de uma época repleta de trevas e aflição.
Com essa premissa voltamos ao mundo de Santuário, que já na primeira cena traz as características góticas e macabras que era vista em Diablo II, abandonando o tom mais “cartonesco” que Diablo 3 havia apresentado. Mas depois voltamos para a parte estética.
A história é o ponto forte da trama, desde o início Lilith aparece como uma vilã extremamente manipuladora, onde muitas vezes consegue o que quer somente com o poder da palavra. Nosso personagem cai por acidente nessa encruzilhada contra da demônia, pois após uma emboscada podemos ter visões da vilã e o que ela tanto almeja. Assim, nos tornamos uma peça valiosa na luta contra o mal que se propagou em santuário.
Diablo IV traz cutscenes ingame, além das famosas cinematics. Essa nova adição ajuda a dar um tom mais cinematográfico a trama, mas com algumas ressalvas que falarei mais na parte gráfica.
Em resumo, a campanha é concisa e traz uma boa justificada para exploramos de forma natural o mapa aberto que a franquia trouxe. O tom mais sombrio e macabro faz parecer que voltamos as raízes da franquia Diablo.
Vale ressaltar o excelente trabalho de localização, onde os dubladores parecem que foram escolhidos a dedo para os personagens e a tradução se faz impecável.
Os heróis de Santuário
Começamos controlando o nosso personagem no meio de uma nevasca, aqui já podemos ver a evolução na jogabilidade e principalmente gráfica. Aos fãs de Diablo 2, que tinha um visual amis realista, sombrio e depressivo, vão adorar a abordagem que o quarto jogo adotou, pois boa parte da estética remete ao segundo jogo da série. Mas já falei bastante dessa semelhança acima.
O Jogo nos apresenta 5 classes, com características e habilidades distintas: Bárbaro, que são poderosos guerreiros que usam sua força bruta para vencer inimigos; Necromante, podem reviver exércitos de mortos-vivos para lutar ao seu lado (foi a classe que usei na maior parte dessa análise); Mago, causa danos de gelo, fogo e elétrico, além de outros golem que afetam status dos inimigos; Renegados, que talvez seja a classe mais neutra, pois são capazes de lutar contra inimigos à distância com arcos ou de perto usando adagas; Druidas, eles usam o poder da natureza para proteger a vida. Podendo se transformar em lobisomens ou ursos, além de usar magias ligadas a natureza.
Cada classe irá trazer uma jogabilidade própria, aumentando ainda mais o fator replay e exploração. Uma grande adição também é pode customizar a aparência do seu personagem, em Diablo IV vai muito além da escolha do gênero, o título oferece um bom repertório de customização para criar figuras únicas dentro do universo de Santuário.
Um mundo desolado
Em Diablo IV temos um mundo aberto para explorar, diferente dos antecessores que eram pequenos mapas que explorávamos de acordo com os atos da campanha. As várias hordas de inimigos continuam presentes e destruir cada uma delas traz a mesma gratificação e sentimento de poder como nos jogos antigos. O que o título pegou o terceiro jogo foi a jogabilidade mais dinâmica, aqui os personagens são mais ágeis o que facilita e agiliza a exploração.
As cavernas e outros ambientes fechados continuam presentes e tão desafiadoras quanto antes, você entrará muitas ao longo de suas viagens, além dos eventos espalhados pelo mapa, que são desde proteger viajantes, impedir algum ritual, matar vários demônios e etc. Coisas parar fazer no mundo aberto não falta.
E quanto mais eventos você fizer e dungeons explorar, mais itens valiosos irá encontrar. O interessante é que podemos evoluir aquele item favorito, ou que tem bons status mas poucos pontos de armadura. Essa evolução pode ser feita em até três vezes e vai custar alguns recursos.
Já falei da semelhança dele com o segundo jogo da série, e graças aos anjos eles não copiaram a ideia de inventário extremamente limitado dele. Como já vimos nas betas, o inventário ainda é limitado, mas agora nos permite carregar muito mais itens.
O transmog está presente, então vai dar pra matar demônios e manter um visual bacana com status altos.
Diablo IV não coloca nada muito novo na parte de jogabilidade, tudo que temos uma evolução do que já vimos nos outros jogos da série. O que é um tiro seguro, mas também arriscado, pois poderia soar repetitivo. Como eu disse, “poderia”, pois a diversão continua a mesma de antes.
Gótico e violento
Santuário se revela como um mundo incrivelmente opressivo e hostil, adotando um visual mais gótico, tanto em seus cenários quanto em personagens. Eu diria que sua estética é uma fusão magistral entre os ambientes mais desolados da Terra Média e e o universo de Dark Souls, criando uma atmosfera genuinamente sinistra.
Esteticamente o jogo é lindo, mas muitas texturas faltaram polimento. Essa falta de esmero não é vista por conta da visão isométrica, mas quando temos as cutscenes ingame, podemos notar algumas texturas pouco trabalhadas que destoam da qualidade dos demais objetos no cenário e personagens.
Considerações finais
Diablo IV não busca reinventar seu gênero. Além de trazer uma grande vilã em uma campanha bem desenvolvida, ele pega o que era bom de seus antecessores e aprimora em uma jogabilidade brutal e viciante! Fãs de longa data vão amar a estética sombria e macabra, é como uma volta às origens.
Distribuidora: Blizzard Entertainment
Desenvolvedora: Blizzard Entertainment
Gênero: RPG
Disponível para: PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox One, Xbox Series X e Series S e PCs
Data de lançamento inicial: 6 de junho de 2023