O review de Dark Pictures Anthology: The Devil In Me foi realizado com uma cópia do jogo disponibilizada pela Bandai Namco
Agora a famosa Antologia de terror, Dark Pictures, embarcar na onda de casos criminais reais. Aqui a trama gira em torno do intitulado o primeiro serial killer norte-americano, H.H. Holmes, e seu tenebroso hotel cheio de passagens secretas e armadilhas onde muitas vidas foram ceifadas.
Clichês do gênero
Após o prólogo todo o desenvolvimento dos protagonistas é lento, quase que arrastado. A trama nos apresenta seu elenco, uma equipe de documentaristas que estão se preparando para para filmar uma recriação moderna do castelo do assassino em série, H. H. Holmes, construído em uma ilha densa de neblina, onde telefones não são permitidos, e isso me incomoda muito! Tudo bem que eles não sabem que estão indo para um local onde vão morrer, mas em pleno século XXI, eles com experiência em casos criminais e assombrados, não tem um celular reserva?
Chegando nessa ilha, o anfitrião os recebem e explicam como deverão fazer as filmagens. Porém, o que o grupo de documentaristas não contavam é que um homem misterioso iria atrás de cada um deles, continuando o legado de H.H. Holmes… e talvez do Jigsaw, já que temos algumas referências a Jogos Mortais no jogo.
Pois é, trama é um tanto fraca e depende de personagens fazendo escolhas estúpidas quando não podemos controla-los, mas o mistério por trás da casa e os momentos de tensão vão valer a pena.
A fórmula Dark Pictures
Todos os episódios do Dark Pictures Anthology seguem um padrão bastante familiar, e The Devil in Me não se afasta muito da fórmula. O prólogo o prepara para os sustos com os quais você lidará, antes de encontrar com os protagonistas Porém, nesse prólogo as animações estavam estranhas, as expressões faciais não correspondiam a qualidade dos jogos anteriores da série. Claro, que essa má primeira impressão fica apenas no prólogo, pois quando o jogo realmente começa podemos ver as animações mais expressivas e muito menos robóticas.
Porém, a fórmula Dark Pictures pesou para mim dessa vez. Como dito acima, quando conhecemos os protagonistas demora para o terror realmente começar, e a construção do mistério no início da campanha não é empolgante. Os personagens também não tem muito carisma, e durante o a história vamos descobrindo seus desejos e situações passadas, mas não o suficiente para que nos importemos tanto assim.
Cada um com sua função
Uma função interessante é que cada personagem tem um inventário exclusivo que podem ajudar na exploração dos cenários ou na resolução de puzzles. Erin pode usar seu “aparelho de som” para procurar por ruídos estranhos na mansão, já Mark pode usar sua câmera para tirar fotos dos cenários, usar o flash como lanterna, ou o tripé do seu aparelho para alcançar itens mais altos; Charles pode usar seu isqueiro como lanterna e etc.
Cada personagem tem sua função distinta, mas poderia ser mais carismáticos. Talvez o erro foi ter muitos protagonistas que já se conheciam há um tempo, pois parece que estamos chegando no meio de uma história.
Considerações finais
The Devil In Me acerta na criação do mistério em torno de seu assassino misterioso e sua mansão cercada de armadilhas, mas traz personagens pouco carismáticos em uma trama que demora a engrenar. Mesmo com a fórmula apresentando um certo desgaste, a história é boa da metade para o final, e poder explorar a mansão é bem angustiante em várias momentos.
Distribuidora: Bandai
Desenvolvedor: Supermassive Games
Gênero: survivel horror, narrativa interativa
Disponível para: PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, X Box Series e PCs.
Data de lançamento inicial: 18 de novembro de 2022