*Este review foi realizado com uma cópia disponibilizada pela Nintendo
Quando meu editor me disse que tínhamos recebido Clubhouse Games: 51 Worldwide Classics da Nintendo para jogar, eu fiquei um pouco cético, mas segui em frente, algo que foi revertido quase que instantaneamente depois de eu começar a jogar. Logo de inicio, personagens super carismáticos, em forma de peças de jogos de tabuleiro te introduzem ao mundo de Clubhouse, magistralmente o jogo te guia através dos primeiros jogos, com as peças como guias, elas se apresentam o mundo e debatem entre si, com uma dublagem em inglês muito bem feita, divertida e bem localizada. Após essa introdução você pode começar a selecionar os jogos que deseja jogar, e uma das primeiras guias é desbloqueada, Shikibo, do Japão. Você pode selecionar uma peça para representar seu personagem, e colocar ela no mapa, coloquei em cima do Brasil, depois com uma conexão de internet e Nintendo Online você pode compartilhar seus recordes com todos no mundo, e também ver os records de amigos.
Você pode iniciar o jogo a partir de qualquer guia ou jogo especifico, mas acho a Shikibo a mais legal, ela fica posicionada no Japão e vai te introduzir a alguns jogos contando parte da história da Nintendo, que no começo fabricava jogos de tabuleiros e cartas em seu pais de origem, a seleção que ela te apresenta é de 5 jogos, Hanafuda, Gomuko, President, Shogi e Richi Mahjong. De cara tomei um susto, apesar de conhecer bastante sobre cultura oriental, nunca tinha escutado falar de Hanafuda, e muito menos sabia jogar Go, Shogi ou Mahjong.
Logo minha memória foi transportada aos anos 90, quando dávamos de cara com alguns jogos aleatórios de Mahjong e Shogi, em Windows 95 ou Consoles Clones, totalmente impossível de jogar, mas mesmo assim, criei coragem e entrei no primeiro jogo, como sugerido por Shikibu, minha guia nos jogos de tabuleiro Japonês.
Ai começaram as surpresas, quando você seleciona um game, ele não simplesmente te joga em uma partida totalmente aleatória, onde você não sabe nada das regras ou como jogar, em um tabuleiro cheio de peças com ideogramas que você não consegue ler. Geralmente a primeira vez que você da entrada em um novo jogo, é iniciado uma historinha muito divertida entre as peças de tabuleiros, que dão uma pequena introdução sobre o jogo, e fazem alguma pequena atuação muito divertida, após isso, você tem a opção de conferir as regras básicas do jogo que vai entrar, e dependendo da complexidade do jogo ele ainda pode te colocar em pequenas partidas introdutórias, com jogadas pré ensaiadas, para você poder entender bem como o jogo funciona, e isso é simplesmente incrível. Você não se sente perdido em nenhum momento. As introduções poder ser puladas, caso você seja expert no jogo, mas mesmo que seja, valem muito a pena por serem extremamente engraçadas.
Mas após a partida realmente começar, também fica disponível suporte adicional para você conseguir jogar, podendo estes serem ativadas ou desativadas a qualquer momento do jogo, o que ajuda muito quando você está começando em um jogo complicado como Shogi, que após Clubhouse eu percebi que é apenas um Xadrex Chines com algumas regras diferentes, e mais, o jogo ainda traz as peças marcadas tanto pelo seu ideograma oriental original como também uma letra do alfabeto grego, o que facilita muito o entendimento do jogo, no Shogi por exemplo, “G” para “Gold” e “K” para “King”.
Fora isso, quando você vence ou perde uma partida, pequenas “Trivias” são desbloqueadas, dando informações sobre o surgimento do jogo, uma determinada regra ou alguma curiosidade em geral. Caso você perca, dicas são oferecidas, para você melhorar seu jogo, e dependendo da sua vitória, o nível de dificuldade é automaticamente ajustado, pode ser revertido caso necessário. E além de tudo isso novos guias são desbloqueados pelo globo, e eles trazer novos conjuntos de jogos, mesmo antes de desbloquear os guias, todos os jogos ficam disponíveis para serem acessados da tela principal, mas é muito divertido jogar dessa maneira, como uma espécia de modo carreira.
Com isso, Nintendo Clubhouse traz “51 jogos” alguns são mais para mini-jogos, como pesca e piano, mas muitos jogos clássicos excelentes e que eu joguei muito na minha infância, como Yatch, Dominó, Dots and Boxes, Damas, Ludo, Xadrez, Poker e Spider Solitaire, fora essa parte nostálgica, finalmente consegui jogar alguns que nunca tinha aprendido, e essa habilidade é transferível para o mundo real totalmente, como Mahjong, Go e Shogi, este ultimo que sempre fui muito curioso, mas é impossível achar alguém para te ensinar a jogar isso!
Ainda tem jogos que eu achei um pouco bobinho no começo, mas acabaram me conquistando, como Shooting e Toy Curling, ótimo para matar as saudades das Olimpíadas de Inverno.
Jogabilidade
O jogo é maravilhoso, com uma jogabilidade excelente, eu joguei muitos jogos no Nintendo Pro Controler, mas alguns jogos é simplesmente mais comodo jogar direto na tela do Switch, como se fosse um tablet (Solitaire). Outros você pode preferir jogar conectado a uma TV com um bom controle, mas é um excelente game para se ter com você e jogar no modo Handheld a qualquer momento, outra coisa importante, se você tentar sair no meio de uma partida ele salva o estado dela, e você pode retornar a aquele mesmo ponto, mesmo tendo jogado outras partidas de outros jogos após, incrível. Ele ainda te permite jogar com 2 pessoas no mesmo console, com ele deitado sobre a mesa, excelente para jogar com não-gamers nessa quarentena, ou com a família, ou através de mais controles ligados a TV, fora o modo online, através da Nintendo Online.
Mas não para por ai, com esse incrível jogo, que não é apenas 51 em 1, mas também parece ter 51 opções de jogabilidade. A Nintendo lançou o Guest Pass, onde você que não tem o jogo pode jogar 4 jogos no Demo de Clubhouse, mas caso algum amigo seu tenha o jogo completo, vocês podem jogar qualquer um dos jogos compatíveis através de uma conexão local, ai sim.
No final um jogo que cativa, diverte e surpreende, excelente para se ter sempre com você, para emprestar para a sua mãe jogar Solitaire na quarentena, ou reunir a família para jogar uma partida de Mahjong, com certeza será meu companheiro em viagens futuras, quando o apocalipse terminar, se você ainda está na duvida, da uma conferida na Demo que está na eShop, mas recomendo totalmente o jogo, se você curte jogos de tabuleiros e/ou cartas, e jogo é imperdível.