*Este review foi realizado com uma cópia do jogo disponibilizada pela Nintendo
Bloodroots é um misto de vários jogos bem conhecidos. Desde Hotline Miami até Red Dead Redemption, é possível perceber muitas conexões e proximidades, especialmente no quesito “formas de matar” – e matar bastante! Mas afinal, do que se trata o jogo?
As mecânicas
Como em Hotline Miami, um hit é suficiente para a morte, além da perspectiva de jogo isométrica e a velocidade alucinante que o jogador precisa para pensar e entrar em ação. É simples: ou você mata, ou é morto. Por isso a agilidade é um fator importante na tomada de decisões. Além disso, o quesito criatividade também, já que quase todos os objetos presentes no cenário podem virar uma arma! Prepare-se para usar facas, pedras e até comida para matar.
A rapidez não elimina a cautela necessária para avançar nas fases e vencer os desafios, afinal, morrer no meio da fase e retornar para o último checkpoint pode ser frustrante. Os jogadores que apreciam a dificuldade terão no game muitos elementos para serem apreciados. Entretanto, para a sorte de muitos outros jogadores, os inimigos a serem enfrentados são bem mais lentos que em jogos semelhantes. É possível prever seus movimentos e ser mais assertivo nas decisões rápidas.
Mas afinal, por que essa matança toda?
Trata-se de uma história de vingança, daquelas que já vimos em muitos filmes, seriados e outros jogos. Nosso protagonista, Mr. Wolf, vive momentos de terror no vilarejo em que mora. Todos são dizimados brutalmente por quatro personagens que não são revelados aos jogadores, mas eles cometem o grande erro de deixar Mr. Wolf agonizando até a morte. Claro que nosso personagem se recupera e começa uma caçada insana motivada pela vontade de fazer esses personagens misteriosos pagarem pelo que fizeram.
Já viu isso antes, não é? Pois é, todos vimos, e continuamos curtindo muito as histórias de vinganças de um contra todos que aparecerem em seu caminho!
O clima para matar
Bloodroots acontece no velho oeste, o que justifica suas semelhanças com Red Dead Redemption, porém isso se limita somente à forma como construíram as telas de loading, com fundo vermelho e sombras sem definição de detalhes, somente a silhueta. Tudo é composto neste cenário, contando com músicas características, além de roupas e itens cosméticos.
A cartunização é muito bem feita, lembra um desenho animado com bastantes detalhes. É perceptível o cuidado que os desenvolvedores tiveram quando se observa os detalhes dos cenários e das animações de finalização de sequência de golpes.
Infelizmente o jogo tem seus contratempos. Um deles é a demora em carregar as fases, o que constantemente provoca uma quebra no clima frenético e na velocidade de matança. Para algumas pessoas, matar inimigos infinitamente pode ser desgastante e repetitivo, então prepare-se para enjoar de vez em quando, ainda mais se estiver travado em algum trecho e tiver que refazer muitas vezes.
Para quem está acostumado a jogar no modo portátil do Switch, não terá problemas com a tela reduzida, apesar da possível perda de detalhes. Aos que estão mais acostumados e preferem a tela grande, nem tente jogar de outra forma para não se decepcionar.
Bloodroots é divertido, viciante e um baita jogo de ação, mesmo estando recheado de ideias já exploradas e referências que já foram utilizadas. Vale a pena dar uma chance ao título e assumir essa vingança!