Da série “franquias que ninguém mais lembra, mas a Nintendo sim”, cá estamos nós com um novo Big Brain Academy em mãos. Essa série estreou em 2005 no Nintendo DS e desde então ganhou alguns títulos aqui e ali, mas nada que tenha recebido tantos holofotes, já que é um jogo bastante nichado. Basicamente, tudo se resume a uma série de puzzles e desafios que envolvem bastante raciocínio lógico; nosso único objetivo é resolver todos o mais rápido que conseguirmos para fazer grandes pontuações – então basicamente é um WarioWare para intelectuais.
Big Brain Academy: Brain vs. Brain é uma adição um tanto segura para a franquia, onde não ousaram trazer nenhuma novidade bombástica e nem removeram nada do que o jogo já tinha antes. Me pareceu mais um lançamento para tentar apresentar a série a um novo público do que algo feito para sua bolha super restrita de fãs, mas ainda assim todo mundo saiu ganhando nessa história.
Só para eruditos
Como já enfatizado, Brain vs. Brain segue a mesma premissa de seus irmãos, então aqui contamos com desafios divididos em cinco categorias. Cada uma traz algum tipo de puzzle bem simples, que pode ser resumido em completar, contar ou identificar figuras. Você sempre terá exatamente 60 segundos para resolver a maior sequência que conseguir em um grau de dificuldade dinâmico, então quanto mais você acertar, mais difícil fica. O contrário também é possível, então errar diminui a dificuldade, além de te custar alguns pontos.
Parece até injusto o jogo te penalizar por errar, afinal o tempo é curto e muitas vezes nosso cérebro buga. Porém, é aí que está a graça da coisa, afinal estamos falando de um jogo simplório que não traz tanto conteúdo, então a repetição é o que carrega a longevidade de Big Brain Academy. No final da partida, recebemos uma medalha de acordo com nossa pontuação e isso pode servir de incentivo para buscar resultados melhores… ou não, porque pode acreditar: é bem difícil!
Como tudo nesse jogo se resume a um único minuto, é uma fórmula simples e divertida que mantém a gente entretido por bastante tempo sem enjoar. Além disso, ainda existe um sistema de “loot boxes” em que ganhamos recompensas conforme jogamos. Nem precisa se sair bem nos desafios, basta jogar e jogar para ganhar cosméticos para seu avatar. Não é nada demais, mas já serve de incentivo.
Disputa intelectual
Um dos grandes diferenciais de Brain vs. Brain, só para dizer que não teve nada, é o seu multiplayer minimamente mais requintado. O destaque fica no multiplayer local, que pode ser jogado em até quatro pessoas e acaba virando um party game de puzzles que fritam o cérebro. Nesse modo o fator de perder pontos com erros veio bastante a calhar e deu todo um dinamismo diferente para a competição, então é sempre divertido ver seus amiguinhos entrando em pânico com os erros.
Já o modo online não é lá grande coisa e mal dá para chamar de online. Para evitar problemas com lag e quedas de conexão, a Nintendo improvisou uma forma de fazer com que enfrentemos outros jogadores sem estar enfrentando eles de verdade. Ainda funciona como uma competição, mas seu oponente é apenas o registro de algum outro jogador e não a pessoa em si jogando do outro lado. O jogo coleta seus dados, registra seu desempenho e coloca esse “fantasma” para enfrentar outros jogadores, então no final não tem tanta graça.
Big Brain Academy: Brain vs. Brain continua sendo minimalista como seus antecessores, mas é um jogo que diverte e consegue proporcionar uma experiência em grupo satisfatória. Ainda acho que faltou tempero para deixá-lo com mais gostinho de novidade, além de uma atenção maior ao online e outros modos de jogos – que simplesmente não existem! Contudo, é inegável que é um ótimo pontapé inicial para novatos ao mesmo tempo que não decepciona os veteranos.