O review de Bayonetta 3 foi realizado com uma cópia do jogo disponibilizada pela Nintendo.
Depois de anos de espera Bayonetta 3 chegou e pudemos conferir o aguardado retorno da bruxa no Nintendo Switch. Mas será que anos de espera deixou a franquia morna? Confira.
Uma História Multiversal
Em Bayonetta 3 temos um enredo de multiverso, com a personagem vijando por portais e conehcendo outras versões de si mesma, para impedir que o grande vilão do jogo chegue a ilha de Thule e destrua o mundo como conhecemos. Aqui a Platinum usa esta trama para entregar várias referências e momentos marcantes no jogo. Não se preocupe, pois mesmo se tratando de uma história multiversal, a trama é mais direta se comparada a dos dois primeiros jogos, por isso, aqueles que não estão familiarizados com a história da franquia podem acabar perdendo alguma referência.
O conceito de multiverso é bem explorado quando nossa bruxa se depara com as outras versões de si mesma, das quais ela frequentemente pega novas armas e habilidades. Personagens clássicos ainda estão por aqui, como: Jeanne, que se tornou uma companheira mais próxima da Bayonetta, e Rodin, o comerciante do submundo.
Quanto aos novos rostos, vale destacar a Viola, ela que empurra a trama e apresenta à Bayonetta a existência do multiverso.
A história não emociona narrativamente falando, e inicialmente parece uma bagunça de mosntros surgindo de vários lugares. Mas mesmo assim ela é substancialmente elegante e emocionante ao ponto que você decide aceitar as bizarrices e compra a jornada da personagem. Fica o alerta, você só vai aproveitar melhor a história se souber inglês, já que o título veio sem localiação para o Brasil.
Para mim ficou claro que o foco é a jogabilidade, e nela o jogo brilha!
Frenético e divertido
Bayonetta 3 é um jogo desafiador, mesmo na dificuldade Normal, você deverá aprender a esquivar dos ataques inimigos e misturar suas habilidades com diferentes combos e armas. Um ponto negativo fica para o modo portátil do Switch, pois existem momentos que a tela fica cheia de efeitos luminosos e a câmera distante da personagem causando a receita perfeita para você se perder no meio da bagunça e não conseguir esquivar no momento certo. Entretanto, jogando na dock fica mais fácil de você se localizar no meio do combate e usufruir melhor das mecânicas do jogo.
Esse foi um dos primeiros jogos, que achei melhor jogar na televisão do que no modo portátil. Até graficamente falando, o jogo não sofreu queda fps e os gráficos eram mais nítidos jogando pela dock.
Voltando a jogabilidade, engana-se que quem pensa que Bayonetta 3 é um hack n slash comum. Sim, bater em centenas de inimigos ainda é o foco aqui, mas o jogo mescla com outros gêneros ao nos colocar em um ângulo 2D, onde devemos invadir uma base sem ser visto, ou até mesmo em uma briga épica de kaijus que funciona como um rpg de turnos.
Ao vencer os inimigos ganhamos pontos de acordo com nossa performance no combate, e com esses pontos podemos comprar itens que vão aumentar nossos atributos por um período de tempo. Explorando os cenários, encontramos mais itens que ajudam a evoluir as habilidades de Bayonetta e de suas invocações, ou encontramos portais que nos levam para alguns mini-games que nos ajudam a ganhar estes itens.
Beldades e Kaijus
Bayonetta sofre as consequências de estar preso a um portátil, graficamente falando. Pois quando jogamos no modo portátil parece que estamos jogando um título da 7ª geração, ao colocarmos na dock parece que estamos jogando um remaster da 7ªgeração. Infelizmente, o jogo apresenta serrilhados e gráficos defasados para a geração atual.
Felizmente, o design das personagens e criaturas são de encher os olhos. Temos uma grande variedade de criaturas gigantes com visuais distintos, ricos em detalhes. O mesmo vale para as personagens, a própria Bayonetta, por exemplo, está com seu visual alterado, mas mantém o mesmo carisma e elegância de sempre, o mesmo vale para suas versões alternativas espalhadas pelo multiverso.
O que gastaram para criar o design dos monstros e personagens economizaram nos cenários. Todos eles são simplórios e pouco marcantes, mesmo que variados.
Trilha sonora marcante
Outro ponto a chamar atenção positivamente é a trilha sonora. Ela ajuda a compor perfeitamente os momentos de descontração, enquanto matamos os imigos pelo cenário ao som de um arranjo mais frenético, com músicas cantadas e não só instrumentais; ou enquanto estamos na lojinha do jogo ao som de blues e jazz bem suaves.
Agora quando o assunto são os chefes de fase, ou batalhas de kaijus, temos toda uma orquestra tocando um som épico que vai arrepiar todos os pelos seu corpo.
Considerações Finais
Bayonetta 3 é uma sequência espetacular da Platinum Games. Seu combate é frenético e raramente perde o ritmo. Cada arma que você adquire traz uma lista de combos mais longa. Sua jogabilidade é divertida e diversificada, com todo esse conjunto a obra é altamente recomendada para quem sentia saudades da bruxa matadora de monstros.
Distribuidora: Nintendo
Desenvolvedor: Platinum Games
Gênero: Ação, hack n slash
Disponível para: Nintendo Switch
Data de lançamento inicial: 28 de outubro de 2022