Primeiramente, não é de hoje que a Marvel vem enfrentando alguns problemas em sua jornada pós-Ultimato, porém isso está cada vez mais evidente e ‘inevitável’.
Sendo assim, sendo vitimada pelo próprio sucesso enorme, a Casa das Ideias se perde cada vez mais em seu rumo que, antes, era certeiro. Filme após filme, série após série, as coisas degringolam e com As Marvels não seria diferente.
Portanto, esse longa, que é uma grande salada de frutas, não tinha como dar certo. Um filme que simplesmente é a continuação de três obras ao mesmo tempo, não tinha como ser nada organizado. Temos, ao mesmo tempo, uma sequência de Capitã Marvel, Miss Marvel e spin off de Wandavion.
Sendo assim, obviamente a história seria bem prejudicada e some isso ao fato de uma vilã sem carisma e com a trama mais genérica possível. Colocando tudo que citei num caldeirão, sai como resultado mais uma atração que a cena pós-créditos é mais importante e melhor que o próprio filme.
As Marvels evidencia essa cultura que está tomando conta dos filmes de heróis, pois entregam algo bem mais ou menos com um aditivo que só vai fazer sentido 5 anos depois, visando um filme evento grandioso. Não dá mais para aceitar e aturar esse tipo de coisa.
Nem o carisma dos pais da Iman Vellani, e nem o sempre ótimo Nick Fury salvam um filme que tem três heroínas ligadas por um motivo irrisório, que juntas vão enfrentar uma ameaça proporcionada por alguém completamente dispensável, tão dispensável que nem volta mais.
Por fim, estamos diante de mais um enorme desperdício de potencial, 3 ótimas personagens que vão ficar marcadas por uma história muito ruim, que acompanha um texto mal escrito, e coma cereja do bolo temos uma péssima direção de arte. Mas uma vez, Kevin Feige e cia erraram rude.